Vírus ‘Zika’: ameaça sob monitoração

O mosquito Aedes Aegypti, vilão já conhecido da população brasileira, volta a atacar o território nacional, mas desta vez com a transmissão de outra doença: o vírus Zika. Os primeiros casos da doença foram confirmados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Nordeste do país, no início deste mês. No estado do Rio de Janeiro, há 20 pacientes com suspeita de contaminação. A Secretaria Estadual de Saúde, no entanto, informou que está monitorando os possíveis casos da doença, junto à Fiocruz.

Os sintomas do Zika são muito similares ao da dengue, ou seja, como febre, dores nas articulações e atrás dos olhos, além de mal-estar. O principal diferencial das duas doenças são as manchas vermelhas na pele, causadas pelo “novo” vírus.
Transmitido nas áreas urbanas, médicos do país acreditam que o Zika vírus tenha sido introduzido no Brasil, provavelmente, durante a Copa do Mundo do ano passado, com a chegada de turistas do mundo inteiro. O risco de epidemia é grande, mas de acordo com o infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edmilson Migovski, deve demorar ainda cerca de um ano para se espalhar pelo país.

“Diferente da gripe e de outras doenças, o Zika Vírus não é transmitido pelo ar. Até que todos os mosquitos se contaminem e transmitam, ainda deve demorar. Se chegou com a Copa do Mundo, até que surgisse o primeiro caso levou quase um ano”, explicou o médico.

A recomendação inicial para quem apresentar os sintomas, segundo o especialista, é procurar uma unidade de saúde com urgência. E como forma de prevenção de uma possível contaminação em massa, o infectologista explica que a maneira mais eficiente ainda é combater ao mosquito, eliminando criadouros que muitas vezes estão dentro de casa.

Segundo a Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde, a vigilância de casos que tenham sinais e sintomas semelhantes àqueles de Zika Vírus confirmados pelo órgão federal foi intensificada.

Dicas de prevenção - O mosquito Aedes Aegypti é capaz de transmitir até quatro doenças: dengue, chikungunya, febre amarela e Zika. Assim, para eliminar os criadouros do inseto, as dicas são as já amplamente conhecidas da população: não deixar água parada, por exemplo, em pneus fora de uso, sobre a laje das casas, em calhas, vasos de plantas, entre outros. Além disto, manter sempre caixas de água limpas, fechadas e vedadas.