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Como evitar micoses no verão

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 07 de janeiro de 2016 - 19:10

Existem algumas recomendações básicas, como ficar com roupas molhadas por muito tempo

Foto: Divulgação

O verão chegou, mais quente do que nunca e, com ele, alguns cuidados básicos de saúde e higiene precisam ser redobrados. Afinal, é nessa estação que a ida mais frequente a praias e piscinas pode tornar favoráveis condições de aparecimento de fungos e bactérias. Algumas dessas condições são calor, umidade, baixa de imunidade e desidratação. Entre as doenças provocadas pelo reprodução desses fungos está a micose, tão incômoda nessa estação em que as pessoas gostam de ficar mais à vontade.

Segundo a médica Valeria Campos, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD-RJ), os fungos estão em toda parte, podendo ser encontrados no solo e em animais.

“Até mesmo na nossa pele existem fungos convivendo ‘pacificamente’ conosco, sem causar doença. No entanto, quando encontram condições favoráveis ao crescimento como umidade, baixa de imunidade ou uso de antibióticos por longo prazo, estes fungos se reproduzem e passam a causar a doença”, esclareceu. “Com o calor, a praia se torna um local propício para a transmissão de micoses pois, além de ser ambiente ideal para reprodução dos fungos, muitas pessoas levam seus bichos para passear e não recolhem as fezes”, completou a dermatologista.

Prevenção - Para evitar que as micoses apareçam - e se manifestem em manchas, coceira, descamação ou lesões - vale seguir algumas dicas. Muitas delas são antigas, “ do tempo da vovó”, mas estão valendo.

“Evite andar descalço, principalmente em pisos úmidos ou públicos, como lava-pés e vestiários. Não use objetos pessoais de outras pessoas, como pentes, bonés, toalhas. Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras de pele, como axilas, virilha e dedos dos pés. Evite ficar com roupas de banho molhadas por muito tempo. Evite usar o mesmo sapato por dois dias seguidos e evite mexer com a terra sem usar luvas”, resumiu Valeria Campos.

O tratamento, que geralmente dura de 30 a 60 dias, pode ser feito sob a forma de cremes, loções, talcos ou medicações via oral. “O tipo de tratamento vai depender do tipo de micose”, disse a médica.

Tipos e como se manifestam

1 Tinea inguinal (micose da virilha, jererê) - forma áreas avermelhadas e descamativas com bordas limitadas, que se expandem para as coxas e nádegas, acompanhadas de muita coceira. Mais comum no verão, principalmente nas pessoas que ficam com roupas de banho molhadas por muito tempo.

2 Pitiríase versicolor (micose de praia, pano branco) - forma manchas claras recobertas por fina descamação, facilmente demonstrável pelo esticamento da pele. Atinge principalmente áreas de maior produção de oleosidade, como o tronco, a face, pescoço e couro cabeludo. Mais comum no verão.

3 Larva migrans ou bicho geográfico - é uma doença causada por parasitas intestinais das fezes de cães e gatos, que penetram e caminham sob a pele, formando um túnel tortuoso e avermelhado. Pés e nádegas são as áreas mais afetadas.

4 Micose corporal, também chamado de tinea do corpo (impingem) - forma lesões arredondadas, que coçam e se iniciam por ponto avermelhado que se abre em anel de bordas avermelhadas e descamativas com o centro da lesão tendendo à cura.

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