Os riscos de não tomar sol

A exatos 10 dias do início oficial do verão, surgem as preocupações inevitáveis quanto ao uso do filtro solar e de óculos escuros de boa qualidade e outros modos de prevenção. A prática de usar filtro ou protetor solar diariamente, no entanto, pode oferecer riscos à saúde dos ossos se não for feita de maneira correta.

Segundo especialistas da medicina preventiva, filtros solares diminuem em 90% a absorção da vitamina D produzida pelo organismo por meio da exposição ao sol. Os raios ultravioletas do tipo B (UVB), emitidos pela luz solar, são capazes de ativar a síntese desta substância.

Para a médica Valéria Campos, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a população tem sofrido com carência de vitamina D também por outra razão.

“As pessoas ficam mais dentro dos ambientes fechados e não se expõem ao sol. Porém é preciso tomar cuidado, pois o excesso de vitamina D é tão ruim quanto a falta”, explica a especialista acrescentando que os principais sintomas do excesso da vitamina são falta de apetite, náuseas, vômitos, aumento da frequência urinária, fraqueza, hipertensão arterial, sede, coceira na pele e nervosismo.

Responsável por regular a absorção de cálcio e fósforo, a vitamina D que é um hormônio esteroide, controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular. Também ajuda a manter o bom funcionamento do cérebro e do tecido ósseo, fortificando ossos, dentes e músculos.

Mas por que o sol está associado à reposição da vitamina D? “A fonte natural de vitamina D é a sua produção na pele a partir da exposição aos raios solares. Por isso, para produzir quantidades adequadas de vitamina D, pessoas de pele clara devem ficar ao sol durante pelo menos 15 minutos por dia, enquanto pessoas de pele negra precisam de cerca de uma hora de exposição solar diária”, esclarece Valéria Campos.

Nos casos de deficiência da vitamina comprovada por exames, é necessário o uso de suplementos vitamínicos.