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Belas querem soltar suas feras

Sem perder a vaidade, mulheres ‘invadem’ o octógono para disputar lutas de MMA

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 24 de agosto de 2015 - 21:40

Brena Cardozo, Ana Costa e Lohana Correa se preparam para as lutas sem perder a vaidade

Foto: Alex Ramos

Por Marcela Freitas

Salto agulha, minissaia, batom e luva de boxe. A combinação, até um tempo atrás, podia parecer muito estranha. Mas, sexo frágil é realmente coisa do passado. É crescente o número de mulheres que praticam diferentes modalidades de lutas. Mesmo assim, o mercado do UFC (Ultimate Fighting Championship) ainda é bem restrito para as lutadoras. O sucesso da dona do cinturão do peso galo do UFC, Ronda Rousey, pode estar mudando o cenário, já que as mulheres começaram a ser vistas com outros olhos.

Segundo a revista Forbes, Ronda é a oitava atleta, entre todas as modalidades, na lista das mais bem pagas do mundo. Em sua última luta contra a brasileira Bethe ‘Pitbull’, Ronda teve uma ótima performance, vencendo a brasileira em apenas 34 segundos, o que trouxe ainda mais visibilidade para o esporte.

Em São Gonçalo, três belas atletas sonham em chegar ao cenário mundial com o mesmo destaque de Ronda. Elas lutam no Favela Kombat e trazem no currículo muitas vitórias. De acordo com Cláudio Renato Carvalho, o Claudinho FK, promotor do evento, ele sempre apoiou a presença de mulheres no octógono. “Hoje, o público feminino é muito assíduo nas competições. As mulheres estão buscando seu espaço. É notório que elas têm um grande potencial. Apesar de ser um esporte masculinizado, as mulheres não perdem sua sensualidade e feminilidade na competição”, disse.

Favela Kombat – A próxima edição acontece no dia 5 de setembro no Clube Tamoio. O ingresso do primeiro lote custa R$20 (pista). Informações sobre a venda de camarotes devem ser obtidas pelo telefone 96460-8409.

A conquista depende de esforço e dedicação

Casada e mãe de um adolescente de 15 anos, Ana Costa, de 29 anos, deixou a profissão de bancária para se dedicar às artes marciais. Praticante de Kickboxing há sete anos, ela sonha em seguir os passos de Ronda, mas sabe que o caminho é bem difícil. “O mercado das lutas ainda é bem fechado. É difícil conseguir patrocínio. Eu recebo ajuda de custo, mas ainda não consigo me manter com esta renda. Meu marido, que é professor de lutas, é quem tem me apoiado. Em breve, lutarei o meu primeiro MMA. Me espelho na Ronda, de quem sou fã. É a minha atleta de referência”, disse.

Com 10 lutas no currículo, sendo oito vitórias, a vendedora Lohana Correa se espelha na brasileira Cristiane Justino Venâncio, popularmente conhecida por Cris Cyborg. “Pratico muay thai e treino quatro horas por dia. Ainda não consigo me dedicar exclusivamente à luta. Não faço planos quanto ao futuro. Vou deixando as coisas acontecerem”, explicou.
A mais nova do grupo, Brena Cardozo, 21, é casada e mãe de dois filhos. Ela conta que no início enfrentou muitos preconceitos. “Sempre gostei das atividades masculinas e o preconceito ainda é muito grande. Mas aos poucos estamos conseguindo vencer essas barreiras. Tenho pretensões em participar de grandes competições e quem sabe lutar com a Cris Cyborg”, afirmou.

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