Operação que interrompeu live de pagode buscava chefe da milícia
A ideia era evitar a fuga dos criminosos da casa vizinha
min de leitura | Escrito por Redação | 27 de julho de 2020 - 11:36
Um vídeo viralizou na internet no último domingo (26). O vídeo em questão mostra policiais civis entrando na casa em que estava ocorrendo a live do grupo de pagode 'Aglomerou'. No vídeo em questão, ainda é possível ouvir o barulho de tiros no fundo. O grupo, na realidade, informou que os policiais cometeram um engano e entraram na casa errada. A investigação, segundo a própria Polícia Civil, na realidade, era sobre um grupo de milicianos que estava em uma festa na casa ao lado da qual o grupo de pagode estava, também em Angra dos Reis. Os policiais investigavam o caso e viram vídeos dos milicianos armados e dançando com mulheres, foi quando eles resolveram ir ao local e acabaram entrando na casa do grupo musical para, segundo eles, evitar qualquer fuga dos criminosos. As informações são do jornal O Dia.
De acordo com os responsáveis pela investigação, os milicianos postaram vídeos na festa e alguns foram identificados como sendo de Curicica e existem boatos de que Wellington Oliveira, o Ecko, também faria parte do grupo.
Quando os agentes do da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) foram até o local, os criminosos começaram a atirar contra eles e houve um tiroteio. Os bandidos, no entanto, conseguiram fugir através de lanchas em um mangue que fica próximo à residência deles. Ao fugirem, no entanto, eles abandonaram as mulheres que estavam com eles nos vídeos e muitas delas foram identificadas. Elas foram autuadas por "infringir determinação do poder público, destinada a impedir a introdução ou propagação de doença contagiosa", do artigo 268, já que nos vídeos, o grupo debocha de estar realizando festas e aglomeração no meio da pandemia.
No local, os agentes ainda encontraram frascos de lança perfume e indícios de drogas. Diversas pessoas que estavam na festa já tinham passagens pela polícia por tráfico de drogas, roubo e associação criminosa. No entanto, ninguém tinha nenhum mandado pendente.
Em nota, a Polícia Civil falou sobre o motivo de ter entrado na residência do grupo 'Aglomerou'. "Para evitar que alguém pudesse ser ferido durante uma possível fuga dos criminosos, os agentes entraram simultaneamente na casa ao lado onde estava sendo realizada a diligência e a live de um grupo musical foi interrompida", informou a nota.
O órgão ainda informou que contou com a ajuda da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) para identificar a casa na qual os milicianos faziam a festa. O evento teria começado no sábado anterior (25).
"Com a aproximação dos agentes, alguns criminosos correram em direção a um mangue e efetuaram disparos em direção aos policiais, que ainda tentaram localizá-los, sem sucesso", informou a nota da Polícia Civil.