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Estudantes da Faetec concluem marcha e são recebidos na Alerj

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 19 de outubro de 2016 - 12:41
Grupo de alunos da Faetec de Saquarema andou 100 km até Alerj
Grupo de alunos da Faetec de Saquarema andou 100 km até Alerj -

Por Cyntia Fonseca e Thiago Soares

Depois de mais de 24h nas ruas e aproximadamente 100 quilômetros percorridos a pé, entre Bacaxá, em Saquarema, e o Centro do Rio, alunos do Ensino Médio Técnico da Faetec Hélber Vignoli Muniz, chegaram à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para reivindicar melhorias para a educação, tendo como prioridades a regularização do pagamento de professores e funcionários terceirizados.

Com o apoio de pais, professores e cidadãos pela rua, os jovens passaram por Maricá, São Gonçalo, Niterói, onde seguiram de Barcas para o Rio, chegando lá por volta das 16h30.

Um dos idealizadores do movimento, Rafael Soares, de 18 anos, falou sobre o objetivo do ato, no momento em que passava por Maria Paula, em São Gonçalo.”Depois de ocupar nossa escola, fazer alguns atos, nada adiantou. Saímos ontem às 8h de Saquarema e vamos até o fim para conseguir nossas reivindicações. Nós deveríamos estudar em período integral, mas estamos tendo aula apenas na parte da manhã. A unidade não tem limpeza, nada”, disse.

Mãe da aluna Tatiane Rainha, 16, que cursa edificações, Selma Rainha, de 45 anos, acompanhou a trajetória, de carro, e afirmou estar orgulhosa do movimento. De acordo com a contadora, a luta dos alunos se mostra verídica, considerando o estado em que a educação se encontra no estado. “Eu apoio a luta destes jovens. Também sou moradora de Bacaxá e estou junto deles desde o início. Além da ajuda moral, estou aqui para ajudar com água, comida, fazer curativo, o que necessitarem. Estou muito orgulhosa deles, a educação está largada pelo Estado”, afirmou. Na chegada ao Centro do Rio, os estudantes realizaram um ato de protesto em frente à Candelária. As reivindicações foram sobre a crise na Faetec, que envolve o fechamento de pelo menos cinco unidades até agora, além de outras em funcionamento parcial. Segundo os manifestantes, quando não falta merenda, é servida alimentação estragada, na qual já foram encontradas até mesmo larvas. Há ainda laboratórios fechados, e unidades em péssimas condições de infraestrutura, assim como há profissionais terceirizados sem salário há pelo menos cinco meses. Os alunos falaram ainda sobre a limpeza das unidades, que é precária e irregular e não há serviço de segurança nos campi. Na Alerj, eles foram recebidos pelos deputados Flavio Serafini, Dr. Julianelli, Waldeck Carneiro e Comte Bittencourt. Diante da denúncia de que nada do que foi acordado em julho deste ano foi cumprido pelo governo até agora, os parlamentares vão chamar uma reunião com a presidência da Faetec, a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, a Defensoria Pública e a Comissão de Educação da Alerj.

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