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São Nicolau e o Natal

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 19 de dezembro de 2015 - 18:05

São Nicolau nasceu no século III, no ano de 270 e faleceu no dia 06 de dezembro de 342. Conta-se que, desde criança, mostrou-se, além de muito generoso, detentor de profunda religiosidade. Por esta razão, aproximou-se de seu tio, o bispo de Patara e, ainda jovem, foi ordenado padre. Vários milagres foram atribuídos a ele e, com o decorrer dos séculos, foi recebendo o título de padroeiro das crianças, dos estudantes, dos escravos, dos presos, dos pobres, dos ricos e dos marinheiros. Os presidiários elegeram-no seu protetor pelo fato de ele ter sido encarcerado durante anos e só foi libertado quando Constantino resolveu anistiar os que estivessem presos por motivos religiosos. É também patrono da Rússia religiosa.

Os pais de Nicolau eram muito ricos e lhe deixaram vultos a fortuna. Conta-se que o futuro santo, sempre dadivoso, soube que seu vizinho, um comerciante falido e que tinha três filhas, estava em dificuldades para casá-las, pois já não possuía dinheiro suficiente para oferecer como dote. Por isso, estava tentando prostituí-las. Quando Nicolau soube do fato, passou junto à casa do comerciante e atirou um saco de ouro e prata pela janela aberta. A pequena fortuna caiu junto à lareira, perto de umas meias que estavam secando. O comerciante, então, pode preparar o enxoval da filha mais velha e casá-la. Fez o mesmo com as outras duas filhas, assim que estas atingiram a maturidade.

Quando os pais de Nicolau morreram, o tio aconselhou-o a viajar à Terra Santa. Durante a viagem, uma violenta tempestade tomou-os de assalto. O mar encapelou e a embarcação, à deriva, por pouco não soçobrou. Isto porque Nicolau começou a rezar e, quase imediatamente, a tempestade passou e o navio foi tomando seu rumo. Tornou-se, então, padroeiro dos marinheiros e dos mercadores. Ao voltar de viagem, decidiu morar em Myra, na Turquia, doando todos os seus bens e vivendo na pobreza. Quando o bispo de Myra morreu, os anciãos da cidade não sabiam a quem nomear para bispo e pediram a ajuda de Deus. O ancião mais velho, naquela noite, sonhou que Deus, lhe dissera: - Quando você acordar, vá à igreja. O primeiro homem que lá entrar, deve ser escolhido bispo. Nicolau costumava levantar-se cedo para rezar e lá foi ele para a igreja. Por ser o primeiro homem a lá entrar, tornou-se bispo de Myra.

Nicolau foi visto ainda, espalhando presentes aos pobres, principalmente às crianças, tornando-se um costume os pais presentearem seus filhos no dia 6 de dezembro. É conhecido como figura lendária que distribui prendas na época do Natal. Sua imagem, todos os anos, é usada pelos comerciantes nas vestes de Papai Noel, que é o Nikolaus, na Alemanha, e São Claus, nos países anglo-saxões. Originalmente, a festa de S. Nicolau era celebrada em 6 de dezembro, com a entrega de presentes. Apesar de ser retirada pela igreja católica do calendário oficial, em 1969, a tradição de São Nicolau prevaleceu e ficou associada, pelos cristãos, ao dia de Natal - 25 de dezembro, quando o velho corado de barbas brancas vem alegrar as crianças.

Mas, o que fica em nós, do santo, é a bondade, a humildade, a entrega ao outro, o despojamento e a esperança renascida para paz, para o entendimento e para a benevolência dos homens, atitudes que condizem com o nascimento da luz trazida à terra vestida de Menino Deus: Jesus. Que neste Natal, as estrelas desçam dos céus e entrem em todos os corações, mesmo naqueles mais empedernidos! Feliz Natal!

A professora Marlene Salgado de Oliveira é mestre em Educação pela UFF, doutoranda em Educação pela UNED (Espanha) e membro de diversas organizações nacionais e internacionais.

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