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Após Anvisa paralisar testes de Coronavac, Bolsonaro diz que "ganhou" de Doria

Presidente afirmou antes que a Coronavac é uma "vacina chinesa de Doria"

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de novembro de 2020 - 10:38
Bolsonaro atacou, mais uma vez, João Doria
Bolsonaro atacou, mais uma vez, João Doria -

Em resposta a um seguidor em sua conta no Facebook, o presidente Jair Bolsonaro utilizou a paralisação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dos testes da vacina Coronavac, para atacar, novamente, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP). Ele escreveu que "ganhou" de Doria.

A vacina contra a covid-19 é produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo. Ontem, a Anvisa suspendeu os testes clínicos depois de um "evento adverso grave" registrado no dia 29 de outubro. A agência não informou qual foi o problema apurado, mas listou que entre os possíveis "eventos graves" estão anomalia, reações sérias, internações prolongadas e morte.

O comentário de Bolsonaro foi publicado em resposta a um usuário, que questionou se o Brasil poderia adquirir e desenvolver a vacina. O presidente apontou três dos efeitos relatados hipoteticamente pela Anvisa e ainda lembrou um de seus desentendimentos com Doria, sobre a obrigatoriedade ou não da vacina.

"Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", disse.

Com o comentário, Jair Bolsonaro retoma as desavenças que tem travado com Doria desde o começo da pandemia. O presidente se refere ao imunizante Coronavac como a "vacina chinesa de Doria". No mês passado, Bolsonaro cancelou uma parceria estabelecida entre o Ministério da Saúde e o Governo de São Paulo para a compra da vacina.

A interrupção dos testes de uma vacina é uma prática comum para esclarecimentos quando um efeito adverso grave é diagnosticado. Outros testes de imunizantes contra a covid-19, como a produzida em parceria entre a Universidade de Oxford e o laboratório sueco Astrozeneca, igualmente passaram por breves suspensões por eventos parecidos e foram retomados.

Na noite de ontem, a Anvisa emitiu uma nota e citou todos os efeitos adversos graves previstos para a suspensão dos testes, mas não indicou qual foi detectado no caso em questão. Apenas uma apuração médica apontará se existe alguma relação com a vacina.

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