Crivella pede que TRE reavalie e adie o seu julgamento de inelegibilidade
O prefeito do Rio pode ficar inelegível até 2026
O processo do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) que julga se Marcelo Crivella estará ou não elegível para cargos políticos até 2026 será retomado nesta quinta-feira (24), às 15h. No entanto, em uma entrevista coletiva na última quarta-feira (23), o prefeito do Rio pediu que o TRE-RJ reveja os ritos e adie o julgamento do caso. Isso porque, segundo Crivella, Gustavo Teixeira, membro substituto do TRE-RJ, já teria prestado assessoria para a Lamsa e a concessionária e a Prefeitura do Rio não estão em bons termos, já que lutam judicialmente uma contra a outra desde 2019.
Na última segunda-feira (21), em uma audiência do caso, a maioria da Corte teria votado para a inelegibilidade do prefeito até 2026, com isso, Crivella não poderia se eleger durante todo esse período. No entanto, o desembargador Vitor Marcelo Aranha interrompeu a sessão que decidia o caso e pediu vistas. O processo, então, vai voltar a ser analisado pelo TRE nesta quinta-feira (24).
Crivella está apelando para o desembargador Cláudio Brandão, presidente do TRE-RJ, afirmando que, como o julgamento já havia sido iniciado, a sua defesa ficou "de mãos atadas" e, por isso, não preparou um material de apelo do caso na última segunda-feira (21).
"Nós não tínhamos mais como apresentar um apelo a ele ou ao tribunal porque foi em cima da hora. Sempre que há surpresas no tribunal a gente precisa dar uma parada", disse Crivella na última segunda-feira (21).
Ele pediu também que os sete membros que estão julgando o caso possam dar a possibilidade dos advogados dele entrarem com petições e que as mesmas sejam analisadas. "Em nome da Justiça eu espero que o tribunal possa abrir vista, prazo para nossa defesa, para que a gente apresente todos os argumentos para um julgamento sem essa ilegalidade, na minha modéstia opinião", disse o prefeito do Rio.
Vale lembrar que os advogados de Crivella tentaram entrar com uma petição sobre Gustavo Teixeira. A mesma foi analisada pela Corte antes do julgamento do início da semana e os membros do TRE concordaram que não havia impedimento para a continuação do processo.
Em nota, a Lamsa se manifestou sobre o tema e disse que "não é parte do processo em julgamento pelo Tribunal Regional Eleitoral, que avalia a inelegibilidade do prefeito Marcelo Crivella".
"Portanto, não há qualquer relação entre a concessionária com o entendimento do TRE sobre o processo eleitoral em marcha na cidade do Rio de Janeiro. A concessionária esclarece que as ações de conduta do prefeito que estão sendo questionadas pelo TRE não têm relação com o processo da encampação da Linha Amarela", disse a concessionária da Linha Amarela.
O TRE-RJ e Gustavo Teixeira ainda não falaram sobre o caso até o momento.