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Queimadas no Pantanal: Avião que levava Bolsonaro arremeteu por causa da fumaça na região

Presidente foi até o Mato Grosso para cumprir agenda na tarde desta sexta (18)

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de setembro de 2020 - 15:47
Bolsonaro relata problemas no pouso da aeronave por causa da baixa visibilidade
Bolsonaro relata problemas no pouso da aeronave por causa da baixa visibilidade -

As queimadas que estão castigando o Pantanal brasileiro seguem causando danos. No começo da tarde desta sexta (18), o presidente Bolsonaro relatou que o avião que ele estava precisou arremeter antes do pouso, em Mato Grosso, pois a visibilidade do piloto estava bem baixa por causa das fumaças provocadas pelas queimadas.

O procedimento de arremeter acontece quando o piloto decide subir novamente com o avião quando a aeronave já está em fase de pouso, em direção ao solo. Assim que o presidente do Brasil desceu do avião, ele contou que esta foi a segunda vez que ele passou por uma situação como essa. 

"Hoje quando o avião foi aterrissar, ele arremeteu. Foi a 2ª vez na minha vida que acontece isso, uma vez foi no Rio de Janeiro, e, obviamente, algo anormal está acontecendo, no caso é que a visibilidade não estava muito boa", disse ele.

Na segunda tentativa de aterrissagem, o pouso deu certo para toda a comitiva que levava o presidente, o ministro da Defesa, Augusto Heleno, da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

Bolsonaro viajou até o Mato Grosso para cumprir agenda nas cidades de Sinop e Sorriso. Quando questionado sobre as queimadas no Pantanal, o presidente minimizou a situação: 

"Estamos vendo alguns focos de incêndio acontecendo pelo Brasil, isso acontece ao longo de anos. E temos sofrido crítica muito grande porque quanto mais nos atacarem, mais interessa para os nossos concorrentes para aquilo que temos de melhor que é o nosso agronegócio", disse ele durante um evento produtores rurais e executivos do agronegócio.

As queimadas já batem recordes de incêndios, devastando mais de 3.000 hectares e o posicionamento do governo brasileiro em relação a isso está sendo bastante criticado por gestores internacionais. 

Bolsonaro já havia se posicionado sobre as queimadas

Na última quarta-feira (16), no Palácio da Alvorada, ele criticou a atuação de Organizações Não-Governamentais (ONGs) nas regiões de queimada e chegou a dizer que o fogo é gerado por causas naturais. As informações são do Estadão Conteúdo. 

Ele comparou os incêndios do Brasil com outros que ocorreram pelo mundo. "(Existem) críticas desproporcionais à Amazônia e ao Pantanal. A Califórnia está ardendo em fogo, a África tem mais foco que o Brasil", disse ele que também falou sobre o tema no ano passado. 

Logo depois, ele chegou a dizer que o fogo é natural e mencionou os índios em sua fala. "Pega fogo, né? O índio taca fogo, o caboclo, tem a geração espontânea. Lá na Amazônia, no Pantanal, a temperatura média é 43 graus. Ano passado, quase não pegou fogo, sobrou uma massa enorme de vegetais bons para isso que está acontecendo agora", afirmou ele sobre os incêndios que estão matando animais e destruindo vegetações no Pantanal e na Amazônia. 

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