Governador Witzel assina termo que garante permanência do Ceasa no Rio de Janeiro

A convite dos deputados Dionísio Lins, membro da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, e do deputado Val da Ceasa, o governador Wilson Witzel participou neste sábado (18) de um café da manhã na sede da Associação Comercial onde ratificou que a Ceasa não será transferida para o município de Duque de Caxias. 

De acordo com Dionisio, esse "termo de cooperação técnica" como estava sendo tratado pelo governo do estado e a prefeitura de Caxias, não será mais colocado em prática, já que a Ceasa é considerada Patrimônio Cultural do Povo Carioca.

"Que fique claro que nada poderá ser feito. Nada tenho contra a população de Duque de Caxias, mas o prefeito de lá pode ser considerado como o Odorico Paraguaçu, personagem de novela que não conseguia inaugurar o cemitério da cidade e vendia terreno na lua. São 45 anos de história, por isso os comerciantes do entreposto e as comunidades do entorno que vivem dos produtos que são descartados e oferecidos pelo Banco de Alimentos de lá, não precisam ficar preocupados, o juiz governador garantiu que a Ceasa fica onde está", explicou.

Dionísio informou ainda que a Ceasa, localizada no bairro de Irajá, na Zona Norte, além de gerar milhares de empregos diretos e indiretos, comercializou no ano passado R$ 4,5 bilhões em cereais e hortifrutigranjeiros, e conta com a circulação de mais de dez mil veículos entre carros de passeio e caminhões, fazendo com que 70 mil pessoas passem pelos boxes todos os dias.

Ele explica também que segundo o acordo, o governo do estado iria receber R$ 50 milhões, metade do que seria pago pela concessionária que deu início ao serviço de terraplanagem em um terreno de três milhões de metros quadrados destinado a construção da nova Central de Abastecimento do Rio de Janeiro (Cearj) às margens da Rodovia Washington Luiz, em Duque de Caxias.