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Novo ministro da Educação defende castigos físicos em crianças em vídeo

Milton Ribeiro foi nomeado na última sexta (10) em uma edição extra do Diário Oficial da União

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 11 de julho de 2020 - 17:26
Milton Ribeiro recebeu críticas após perfis na internet descobrirem vídeo polêmico do pastor
Milton Ribeiro recebeu críticas após perfis na internet descobrirem vídeo polêmico do pastor -

Anunciado como novo ministro da Educação na última sexta (10), em edição extra do Diário Oficial da União, o pastor presbiteriano Milton Ribeiro recebeu críticas nas redes sociais, por defender castigos físicos em crianças. Em um vídeo disponível no Youtube, o pastor diz que "a dor deve ser usada para educar crianças". A gravação realizada em abril de 2016, com o título “A Vara da Disciplina” foi apagada por Milton, mas cópias dessas imagens continuam circulando.

No vídeo deletado, Ribeiro diz que "um tapa de um homem ou uma cintada de uma mulher podem ser muito mais fortes que uma criança pode suportar". Logo depois ele tenta se explicar: "Não estou aqui dando uma aula de espancamento infantil, mas a vara da disciplina não pode ser afastada da nossa casa. [...] bom resultado não vai ser obtido por meios justos e métodos suaves. Deve haver rigor, desculpe, severidade. E vou dar um passo a mais, talvez algumas mães até fiquem com raiva de mim: devem sentir dor", diz ele no vídeo.

Na internet circulam ainda outras gravações de cultos do pastor em que ele defende que o pai tem que impor à família a sua vontade. O novo ministro segue apagando os vídeos do Youtube.

Milton Ribeiro assume o cargo de titular do MEC em meio a um período conturbado no governo Bolsonaro. De acordo com o seu currículo na plataforma Lattes, Ribeiro é graduado em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul (1981) e em Direito, pelo Instituto Toledo de Ensino (1990), com mestrado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2001) e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2006).

Atualmente ele é membro do Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie, entidade mantenedora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e relator da Comissão de Assuntos Educacionais do Mackenzie, além de integrar a Administração Geral da Santa Casa de Santos.

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