Fabrício Queiroz consegue aprovação de pedido de prisão domiciliar
Queiroz está detido em Bangu desde o dia 18 de junho
O ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, investigado pelo esquema da "Rachadinha", agora enfrentará a prisão domiciliar. O homem, que está preso desde o dia 18 de junho no Complexo Gericinó, em Bangu, agora deverá ficar detido em sua casa, assim como sua esposa, Márcia de Aguiar, que até então estava foragida. A nova decisão no caso Queiroz foi tomada pelo ministro João Otávio Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Queiroz foi denunciado como o suposto operador do esquema de "Rachadinha", que foi revelado pelo jornal o Estadão. O esquema consistia na apropriação dos salários de funcionários no antigo Gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. Com isso, Queiroz é considerado suspeito de praticar obstrução da Justiça no esquema citado.
Ao ser julgado, a defesa de Queiroz pediu, durante o habeas corpus, que a prisão preventiva dele fosse revertida para uma prisão domiciliar, já que o ex-assessor sofre com muitos problemas de saúde e faz parte do grupo de risco da pandemia do novo coronavírus. Esses devem ter sido os motivos considerados por Noronha para aprovar o pedido da defesa de Queiroz.
Em agosto deste ano, deve ser analisado o pedido do Ministério Público (MP) no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o caso de Queiroz retorne para ser julgado na primeira instância. Isso porque no momento em que a primeira denúncia sobre o caso seria apresentada, o foro de Flávio Bolsonaro, também sobre investigação no caso, mudou, o que impediu a ação.
Segundo o conteúdo do jornal O Dia, Noronha teria atendido aos pedidos do Presidente da República, Jair Bolsonaro, em 87,5% dos casos nos tribunais. Segundo pessoas próximas a ele, o mesmo também estaria tentando se candidatar para uma vaga aberta no STF, mas Noronha nega a informação. As vagas abertas no STF seriam ofertadas ainda durante o governo Bolsonaro.
Sobre Noronha, o presidente da República declarou, em abril, que o "ama". "Confesso que a primeira vez que o vi foi um amor à primeira vista. O senhor ajuda a me moldar um pouco mais para as questões do Judiciário", disse Bolsonaro.