Ex-secretário de Saúde do Rio não comparece à comissão da Alerj que investiga contratos da Saúde

O ex-secretário da Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, não compareceu na comissão especial de Fiscalização dos Gastos na Saúde Pública da Assembleia Legislativa. Ele deveria comparecer à Alerj nesta quarta-feira (24), para explicar o motivo pelo qual o governo estadual conseguiu, com muito atraso, abrir somente dois dos sete hospitais de campanha prometidos para combater a pandemia com um orçamento de cerca de R$ 300 milhões.

Há suspeitas de irregularidades e superfaturamento em alguns contratos firmados sem licitação, como os referentes a compra de respiradores, medicamentos e o de contratação de leitos privados. Só para fechar contratos emergenciais, o governo do Rio gastou R$ 1 bilhão.

A comissão foi criada após o decreto do estado de calamidade pública no Rio. Embora não tenha poder de intimar e obrigar um comparecimento, como uma CPI, a comissão vai procurar a Procuradoria da Alerj para saber se obriga a Polícia Militar a apresentar Edmar Santos, que é policial militar da ativa, em uma próxima reunião.

"O Edmar, vergonhosamente, fugiu das perguntas. Era uma audiência virtual, bastava ligar o celular e participar. Se não fez isso, é porque tem algo a esconder. Mas não vamos desistir de ouvi-lo. Cedo ou tarde, ele terá que contar o que sabe. Esse é só mais um exemplo da confusão, falta de transparência e péssima gestão do governo Witzel", disse em vídeo Renan Ferreirinha (PSB), relator da Comissão.

Desde esta terça-feira, a comissão tenta encontrar o ex-secretário, para enviar o link de participação na reunião online, mas não conseguiu resposta.