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Estudo mostra redução de coliformes em praias do Rio

Inea diz que é prematuro afirmar que redução se deve à quarentena

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de junho de 2020 - 21:30
Imagem ilustrativa da imagem Estudo mostra redução de coliformes em praias do Rio

Um  estudo do  Instituto Estadual do Ambiente (Inea) divulgado hoje (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, mostra que a Praia de Botafogo apresentou redução de 86% de coliformes fecais em suas águas, e a do Flamengo, 96%. A pesquisa apontou ainda  uma queda no percentual de níveis bacteriológicos (coliformes termotolerantes) na água dessas praias. 

O Inea analisou os dados de balneabilidade de abril e maio deste ano das praias do Flamengo e Botafogo e comparou com o mesmo período dos últimos três anos (2017, 2018 e 2019). As duas praias ficam na Baía de Guanabara, zona sul do Rio de Janeiro.

De acordo com o gerente da Qualidade da Água do Inea, Rodrigo Bianchini, “é  um dado bastante curioso. Porém, ainda é prematuro afirmar que essa redução se deve ao momento de isolamento social que estamos vivenciando”.

Praias de Botafogo e Flamengo
Praias de Botafogo e Flamengo - Tomaz Silva/Agência Brasil

A última análise da qualidade da água foi realizada em 22 de maio. Nessa data, as praias consideradas recomendadas para o banho de mar foram Prainha, Pontal de Sernambetiba (em frente ao Canal de Sernambetiba) e Recreio dos Bandeirantes, localizadas na zona oeste do Rio, além de São Conrado (canto esquerdo da praia, próximo ao costão rochoso), Leblon,  Ipanema e Leme, todas na zona sul da cidade.

As praias impróprias para o banho foram Barra da Tijuca (em frente ao 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros), Copacabana (em frente à Rua Francisco Otaviano), Botafogo (em frente à Rua Marquês de Olinda) e Flamengo (na foz do Rio Carioca), onde o esgoto desemboca na Baía de Guanabara.

Águas cristalinas

Em abril, um vídeo postado nas redes sociais mostrou a Enseada de Botafogo com águas cristalinas, sendo possível visualizar a areia no fundo do mar, cardume de peixes e até uma tartaruga marinha. Várias pessoas curtiram o vídeo e atribuíam o fenômeno ao isolamento social imposto pela quarentena. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou, em nota, na época, que o fenômeno não estava associado aos efeitos da quarentena.

Praias de Botafogo e Flamengo
Enseada de Botafogo - Tomaz Silva/Agência Brasil

"O aspecto claro da água da praia de Botafogo não tem correlação direta com o isolamento social. Essa coloração é comum no outono, em função do período de seca e da menor incidência de chuva, associado às direções de ondulação e maré, que ocasionam maior troca de água nas praias localizadas no interior da Baía de Guanabara."

(Agência Brasil)

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