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Wilson Witzel é alvo de duas operações da PF, entenda!

Ele também é investigado pela Operação Placebo

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de maio de 2020 - 10:10
Governador está sendo investigado pela Polícia Federal
Governador está sendo investigado pela Polícia Federal -

O governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel está sendo investigado pela "Operação Favorito" também na manhã desta terça-feira (26). A investigação, que é um desdobramento da Operação Lava Jato, está sendo feita pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF).

Segundo informações, eles estariam investigando um grupo de empresários que fornece profissionais terceirizados como mão de obra há cerca 10 anos para o governo. No entanto, esse fornecimento seria feito com o pagamento de propinas entre Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro, deputados estaduais e outros agentes públicos. A situação seria feita por intermédio de empresas.

Um dos empresários envolvidos no caso, Mário Peixoto, foi preso na última quinta-feira (15,) pela força-tarefa da Lava Jato. Com ele, foram possíveis encontrar cerca de R$ 902 milhões em contratos ativos com o governo do Estado em que o empresário fornecia mão de obra terceirizada nos setores de limpeza, manutenção e contratava motoristas para chefes de governo.

Além disso, Peixoto também é acusado pelo Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro. Isso porque ele possuía um "domínio velado" sobre organizações sociais que tratavam da saúde pública do Rio e, com isso, acabou usando empresas para construir essa lavagem de dinheiro. No entanto, ele usava o nome de outras pessoas no caso para não ser descoberto.

O MPF ainda disse que ele tentou interferir nos contratos dos hospitais de campanha, feitos no combate ao coronavírus. Isso porque foram encontrados documentos com informações dos orçamentos desses hospitais nos e-mails de Peixoto.

Ele ainda pagou propina para continuar tendo contratos com a Faetec e o Detran. Com isso tudo, ele ganhou, apenas nos primeiros meses deste ano, cerca de R$44 milhões do governo do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo o CNN Brasil, o  MPF afirma que Peixoto continua ganhando “quantias milionárias dos cofres públicos estaduais, inclusive na área de saúde”.

O ex-deputado estadual Paulo Melo também pode ser um dos envolvidos no caso. O homem também foi preso na última semana enquanto estava em sua casa em Saquarema por causa da mesma operação.

Witzel agora também está sendo investigado pelo caso. A polícia está buscando provas em diversos endereços do Rio de Janeiro.

Em relação a acusação sobre o Detran, o departamento esclarece "que não procedem informações divulgadas na imprensa de que a empresa Átrio vem tentando nos últimos meses atuar no departamento.

Apesar de apresentar menor preço em concorrência emergencial, realizada no dia 25 de março, a empresa Átrio foi desclassificada após a verificação de irregularidades no cálculo do valor apresentado. Entre as irregularidades constatadas pelos técnicos da diretoria de Veículos do Detran, estavam não ter incluído no cálculo do seu preço o custo com a assistência médica dos seus funcionários e utilizar um regime tributário de menor contribuição do que estava efetivamente enquadrada.

Esses valores fizeram com que ela apresentasse um preço inexequível. A empresa então foi desclassificada em 14 de abril último – portanto, um mês antes de ser deflagrada a operação ‘Favorito’ da Policia Federal. Outras sete empresas participaram da disputa pelos serviços de registro, regularização e licenciamento de veículos.

Todo o processo de concorrência foi acompanhado e aprovado pela diretoria Jurídica do Detran, liderada por procurador do Estado, e também pela Procuradoria Geral do Estado e pela corregedoria do Detran. Esses mecanismos visam a dar total transparência às contratações do departamento."

Nesta manhã (26), Witzel foi visitado pela Polícia Federal por causa da Operação Placebo, que investiga um suposto desvio de dinheiro da saúde da pública do Rio. Agentes estão investigando o Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador.

O governador divulgou nota sobre o caso :

" "Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal. Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará.  A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não  abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro".

Entenda: https://www.osaogoncalo.com.br/politica/82810/policia-federal-faz-operacao-no-palacio-das-laranjeiras-residencia-de-witzel

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