Saúde mental: Meditação ajuda a desenvolver o controle emocional
Técnica milenar alivia o estresse em um mundo cada vez mais competitivo, com pessoas demasiadamente atarefadas

Ao longo dos séculos a meditação foi empregada em diversas religiões, como budismo e hinduísmo. Mas nas últimas décadas, a prática de meditar deixou os templos e ganhou novos espaços. No Rio de Janeiro, crianças dos ensinos fundamental e médio da Escola Sá Pereira têm encontros semanais com a orientadora pedagógica Rita Oliveira. Para ela, a meditação “pode promover uma possibilidade maior no campo atencional, no campo da concentração e no campo das sensações”, disse. A estudante Maria Fernanda Lajes tem 14 anos e já sente os efeitos: “Eu era uma pessoa muito agitada e tinha vezes que eu perdia o controle e precisava me acalmar, a meditação me ajudou a ter o controle sobre mim mesma”, revelou.
A meditação também tem sido usada como uma aliada dos tratamentos convencionais de saúde. Em 2017, a prática começou a fazer parte dos procedimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde e, no mesmo ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) no Rio de Janeiro adotou a meditação em pacientes. Para o oncologista clínico Carlos José de Andrade, responsável pelo Núcleo de Cuidado Integral do INCA, “cada vez mais vem se reconhecendo a importância da prática da meditação, que durante muito tempo trilhou um caminho de tradições religiosas e, hoje em dia, o olhar é neurocientífico”.
Aliviar o estresse em um mundo cada vez mais competitivo, com pessoas demasiadamente atarefadas, é um dos motivos que levam cada vez mais pessoas a uma busca pela paz interior. A produtora e jornalista Kátia Carvalho encontrou na meditação o equilíbrio para a rotina atribulada: “Hoje eu enfrento ainda essas mesmas correrias, esses mesmos trabalhos, mas eu faço isso tudo com paz, com tranquilidade”, finalizou.
(TV Brasil)