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Bolsonaro volta a criticar quarentena: "não adianta ficar em casa reclamando"

O presidente também falou sobre o uso da cloroquina contra o coronavírus

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 09 de abril de 2020 - 08:20
O presidente fez um pronunciamento em rede nacional na última quarta-feira (08)
O presidente fez um pronunciamento em rede nacional na última quarta-feira (08) -

O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre as questões de isolamento social em um pronunciamento que fez na última quarta-feira (08). O presidente afirmou que em nenhum momento foi consultado sobre a "amplitude ou duração das ações" das medidas de isolamento social aplicadas por governadores e prefeitos em seus estados. Bolsonaro também afirmou que vai até a Índia no próximo sábado (11) para trazer a matéria-prima para produzir a cloroquina, medicamento que médicos e pesquisadores estudam para começar a utilizar no tratamento do coronavírus. No entanto, a eficácia do medicamento ainda não foi comprovada pelo Ministério da Saúde, que segue aguardando mais estudos.

Bolsonaro disse que a "que a grande maioria dos brasileiros quer voltar a trabalhar". "Esta sempre foi minha orientação a todos os ministros, observadas as normas do Ministério da Saúde”. Além disso, o presidente também falou que respeita a autonomia de governadores e prefeitos nas questões da quarentena, mas não foi acordado com relação às medidas. "Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas, de forma restritiva ou não, são de responsabilidade exclusiva dos mesmos", afirmou o presidente.

O presidente também disse que os pobres deveriam voltar a trabalhar. “Os mais humildes não podem deixar de se locomover para buscar o seu pão de cada dia. As consequências do tratamento não podem ser mais danosas que a própria doença. O desemprego também leva à pobreza, à fome, à miséria, enfim, à própria morte”, afirmou ele. O presidente também disse que as políticas de pandemia devem mudar de país para país, também concordando com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. O presidente se solidarizou com as diversas mortes que o Covid-19 causou no Brasil e afirmou que o objetivo do governo federal "sempre foi salvar vidas".

Após esse discurso, Bolsonaro falou que existem duas questões atualmente: o desemprego e o coronavírus. Sobre a economia, Bolsonaro afirmou que está investindo em programas para ajudar os cidadãos, como o programa do auxílio emergencial, que começa a ser pago hoje (09) e o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que deve começar em junho. Ele também falou sobre a liberação de R$ 60 bilhões de capital de giro da Caixa, focado em ajudar as pequenas empresas e construção civil e a isenção da conta de energia elétrica para 9 milhões de famílias do programa tarifa social por três meses.

Além disso, o presidente afirmou em uma entrevista para o Brasil Urgente, que pretende enviar uma proposta ao Congresso para diminuir as medidas de isolamento no Brasil. Isso porque, segundo ele, com a quarentena pelo Covid-19 "está havendo a destruição de empregos no Brasil". Ainda segundo ele, "chuva está aí e nós vamos nos molhar" e "mesmo assim, alguns vão morrer afogados". A ideia do presidente é enviar a proposta contra o isolamento direto para o Congresso. O Executivo mesmo seria quem iria "transformar em projeto de lei e mandar para o Parlamento decidir", por causa das inúmeras frustrações e revoltas que o projeto pode causar nos brasileiros.

Ainda segundo o presidente, "quem tem abaixo de 40 anos não tem que se preocupar". Ele ainda afirmou que "temos que nos preocupar (com óbitos pela doença)", mas "não adianta ficar dentro de casa reclamando."

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