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Após pressão, Evo Morales renuncia à presidência da Bolívia

Anúncio foi feito, em rede nacional, pela televisão

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de novembro de 2019 - 20:10
Eleição de Evo Morales, em 20 de outubro, foi acusada de ser fraudada
Eleição de Evo Morales, em 20 de outubro, foi acusada de ser fraudada -

Evo Morales renunciou neste domingo (10) ao cargo de presidente da Bolívia, após sucessivas tensões no país. O anúncio foi feito em rede nacional, pela televisão boliviana. O vice-presidente, Álvaro García Linera, também deixou o cargo.

Ao pronunciar sua saída, Morales atacou seus opositores Carlos Mesa e Luis Camacho e os acusou de planejar um golpe de Estado.

"Eu decidi, escutando meus companheiros, renunciar ao meu cargo da presidência. Por que tomei essa decisão? Para que Mesa e Camacho não sigam perseguindo meus irmãos dirigentes sindicais. Lamento muito esse golpe cívico, e de alguns setores da polícia que podem se juntar para atentar contra a democracia, contra a paz social com violência, com amedrontamento para intimidar o povo boliviano”, disse ele.

Imediatamente após o anúncio, houve comemoração nas ruas de La Paz, com milhares de manifestantes soltando rojões e balançando bandeiras bolivianas.

Morales havia dito, na manhã deste domingo, que convocaria novas eleições, após a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgar que as eleições de 20 de outubro haviam sido fraudadas.

Ainda não se sabe como serão as novas eleições e nem se Evo Morales será candidato. Em depoimento, o ex-presidente afirmou que é importante que povo boliviano possa eleger democraticamente suas novas autoridades.

Eleições na Bolívia

A crise na Bolívia se acentuou após as eleições de 20 de outubro, quando Evo foi reeleito em primeiro turno, por 47,07% contra 36,51% de Carlos Mesa.

No entanto, a interrupção da apuração de votos durante quase um dia inteiro, provocou acusações de fraude e desencadeou protestos, greves e bloqueios de rodovias. Além disso, o método que indicava a contagem de voto de forma mais rápida e indicava um segundo turno foi suspensa.

Desde a chegada de Morales na presidência, a oposição tem ido às ruas em protestos. A polícia parou de reprimir as manifestações, e houve manifestações nos quartéis do país.

Evo Morales ficou na presidência da Bolívia por 13 anos.

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