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Em mensagens, força-tarefa da Lava Jato compara esposa de Lula a viúva do PCC

Membros chegaram a dizer que morte da ex-primeira dama seria 'eliminação de testemunhas'

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 27 de agosto de 2019 - 17:09
Imagem ilustrativa da imagem Em mensagens, força-tarefa da Lava Jato compara esposa de Lula a viúva do PCC

Um vazamento de mensagens obtidas pelo site 'The Intercept Brasil', publicadas pelo portal Uol nesta terça-feir (27), mostrou ironias de procuradores da Lava jato a respeito da morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, em janeiro de 2017.

Os membros da força-tarefa também discutiram a ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao enterro do irmão, Vavá. 

No dia 24 de janeiro de 2017, Marisa sofreu um AVC hemorrágico e foi internada no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. 

"Um amigo de um amigo de uma prima disse que Marisa chegou ao atendimento sem resposta, como um vegetal", diz Deltan Dallagnol a um grupo de procuradores no Telegram. "Estão eliminando as testemunhas...", respondeu Januário Paludo. 

No dia 3 de fevereiro, os procuradores são informados sobre a morte de Marisa:

"Quem for a próxima audiência do Lula, é bom que vá com uma dose extra de paciência para a sessão de vitimização", ironiza Laura Tessler.

No dia seguinte, a procuradora Thaméa Danelon, da Lava Jato de São Paulo, critica a presença da procuradora Eugênia Augusta Gonzaga no velório de Marisa. 

"É como um colega ir ao enterro da esposa do líder de uma facção do PCC. No mínimo inapropriado". 

Em outro grupo, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima compartilha uma entrevista de Lula à Folha de S.Paulo , em que afirma que o quadro da esposa havia piorado após busca e apreensão na casa dela.

"Marisa morreu por conta do que fizeram com ela e com os filhos". 

Laura Tessler volta, então, a comentar o ocorrido:

"Ridículo... Uma carne mais salgada já seria suficiente para subir a pressão... ou a descoberta de um dos milhares de humilhantes pulos de cerca do Lula. Só falta dizer que a Lava Jato implantou 10 anos atrás um aneurisma na cabeça da mulher". 

Nas mensagens, Januário Paludo chega a duvidar das circunstâncias da morte da ex-primeira-dama. 

"Sempre tive uma pulga atrás da orelha com esse aneurisma. Não me cheirou bem", afirmou. Tempo depois, o procurador Antônio Carlos Welter diz que "não soaria bem" a Lava Jato comentar o ocorrido. 

"A morte da Marisa fez uma mártir petista e ainda liberou ele pra gandaia sem culpa ou consequência política", diz. 

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