Witzel é hostilizado por estudantes na UFF, em Niterói
Governador foi ao local defender sua tese de doutorado
min de leitura | Escrito por Redação | 16 de agosto de 2019 - 09:48
Perto de concluir seu doutorado em ciência política na Universidade Federal Fluminense (UFF), o governador Wilson Witzel, esteve quinta-feira (15), na universidade para a realização de um exame de qualificação de sua tese. Sua ida ao campi do Valonguinho, no Centro, foi marcada por protesto de estudantes. Cerca de 50 alunos aguardaram a saída do governador e, ao deixar o local acompanhado de policiais militares, os universitários o chamavam de "fascista" e "assassino".
"O sangue dele está em suas mãos", um dos estudantes gritou para o governador, sobre a morte do jogador de base do América, Dyogo Costa Xavier de Brito, de 16 anos, um dos seis jovens que morreram durante operações da Polícia Militar em diferentes regiões do estado nos últimos dias.
A apresentação, que aconteceria no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF), no Gragoatá, foi transferida para a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis após, segundo os universitários, a Polícia Militar prender um grupo de estudantes que queriam assistir a apresentação nas escadas de acesso ao andar.
De acordo com os estudantes, eles queriam fazer um protesto pacífico dentro da sala onde seria realizada a defesa da tese de Witzel. "Queríamos mostrar, durante a qualificação, os rostos dos jovens mortos pelo governo. Sem agredir ninguém. Nós somos estudantes da universidade e temos o direito de assistir à qualificação.", disse Diana Vidal, conselheira universitária e estudante de Relações Internacionais.
Depois de sair da universidade, houve discussão entre alunos e os policiais que acompanhavam o governador.
A PM afirmou em nota, que "tem o dever constitucional de garantir a segurança e a integridade física tanto do governador do estado como das demais autoridades constituídas democraticamente". A secretaria disse também que a presença de policiais militares foi solicitada pela UFF.
Já a UFF disse que o esquema de segurança foi organizado pela equipe do governador e que "só eles possuem detalhes sobre o seu planejamento."