Justiça manda soltar Joesley Batista e delatores da JBS
Colaboradores ligados ao Grupo J&F foram presos semana passada na Operação Capitu
O ministro Nefi Corderio, do Superior Tribunal de Justiça, mandou soltar os colaboradores Joesley Batista, Ricardo Saud, Florisvaldo Oliveira e Demilton Castro, ligados ao Grupo J&F, presos na semana passada pela Polícia Federal, na Operação Capitu. A decisão atende ao pedido da defesa.
O STJ divulgou um comunicado em que diz que é ilegal prisão por descumprimento de delação premiada. De acordo com comunicado, "a colaboração do acusado não pode ser judicialmente exigida e é sempre voluntária".
A Polícia Federal informou que foi instaurado um inquérito policial em maio deste ano, baseado em declarações do corretor Lúcio Bolonha Funaro, sobre supostos pagamentos de propina a servidores públicos e agentes políticos que atuavam direta ou indiretamente no MAPA em 2014 e 2015.
Segundo o delator, a JBS teria repassado R$ 7 milhões para o grupo político do PMDB da Câmara. Desse valor, o então ministro da Agricultura e atual vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andadre, teria recebido R$ 3 milhões da propina paga pela empresa de Joesley Batista e outros R$ 1,5 milhão teriam sido enviados ao ex-deputado Eduardo Cunha.