Orquestra de Cordas de Niterói torna-se patrimônio cultural do Estado
Grupo musical surgiu a partir de um projeto social

O Diário Oficial do Estado do Rio publicou, nesta segunda-feira, a Lei 8143/2018, do deputado estadual Waldeck Carneiro, que declara a Orquestra de Cordas da Grota, do bairro de São Francisco, em Niterói, como Patrimônio Cultural Imaterial Estadual.
“A Orquestra de Cordas da Grota conta com mais de 300 alunos, tendo também outros filhos ilustres: o grupo Negros e Vozes e o Conjunto de Flauta da Grota. Tornou-se Ponto de Cultura niteroiense e oferece, além das aulas de música, cursos variados. O Espaço Cultural da Grota realiza, desde 2010, em dezembro, o Concerto dos 400, quando tocam juntos alunos dos 10 núcleos de multiplicação da orquestra no Estado”, disse Waldeck.
A Orquestra de Cordas da Grota começou como um projeto social de Otávia Paes Selles, professora aposentada que ministrava aulas de reforço na Grota do Surucucu. Em 1995, seu filho, o músico Márcio Selles, passou a ensinar flauta, violino, violoncelo e viola aos alunos. Com a morte de Otávia, em 1998, Márcio e a esposa, a flautista Lenora Pinto Mendes, comandaram o projeto e criaram a Orquestra de Cordas da Grota. Com repertório de música erudita e clássica, a orquestra já se apresentou em Portugal, Estados Unidos, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras e Belize. Recebeu dois Prêmios da Cultura do Governo do estado e foi considerada de utilidade pública em Niterói, município em que já foi declarada como patrimônio cultural.
Vários alunos da Grota, que é apoiada pela Petrobras, tornaram-se professores ou músicos profissionais. Em 2007, os gêmeos Wagner e Walther, filhos do luthier da orquestra, Jonas Caldas, ganharam uma bolsa de estudos na University of Northern Iowa, em Cedar Falls, nos Estados Unidos. Montaram por lá a banda Brazilian 2Win (cavaquinho, violino, baixo e bateria) e mantêm um projeto social na faculdade, onde ministram aulas de música.