Coronel Salema anuncia aposentadoria da PM depois de comandar três batalhões da região
Oficial atuou durante 33 anos na corporação

Por Daniela Scaffo
Depois de 33 anos de carreira na PM do Estado do Rio de Janeiro, o coronel Fernando Salema, 55, passa para reserva da corporação no próximo dia 21. Durante esse tempo, o oficial comandou o 7ºBPM (SG), 35ºBPM (Itaboraí), 12ºBPM (Niterói) e por último estava à frente do Comando de Policiamento Especializado (CPE).
“Eu me formei em 1987 e servi no 12ºBPM como aspirante. Posteriormente houve uma passagem pelo já extinto 13ºBPM (Praça Tiradentes). Tive uma primeira passagem pelo 7ºBPM e depois fui fazer meu curso de aperfeiçoamento. Voltei posteriormente já como comandante do 35ºBPM, que abrange cinco municípios, depois fui remanejado para o 7ºBPM e depois para o 12ºBPM, que abrange Niterói e Maricá. O meu último comando operacional foi no CPE e atualmente estou no gabinete do Comando Geral, no quartel general”, contou.
Salema relembrou suas experiências pelos batalhões da região, destacando a colaboração da tropa e da população no seu trabalho.
“Cada unidade tinha suas características próprias. O 35ºBPM é responsável por cinco municípios, com uma área mais rural e população espalhada, mas peguei um momento muito difícil. Mesmo assim, nós conseguimos passar muito bem pelo batalhão com apoio da tropa, e isso me alçou a vir para o 7ºBPM onde tive a chance de ganhar o primeiro lugar em metas com apoio das instituições, como a Polícia Civil. Isso me fez ir para o 12ºBPM, onde trabalhei por último, antes de ir para o CPE”, relembrou.
Ele assumiu o 35º BPM quando Itaboraí enfrentava greve e protestos de 25 mil funcionários demitidos do Complexo Petroquímico (Comperj).
Bastante elogiado pelos resultados obtidos em suas passagens pelos batalhões da região - tanto pela população, quanto pelos seus comandados - Salema atribuiu o sucesso’’ ao empenho das tropas que ele comandou. Ele contou que o reconhecimento e solenidades de premiações motivavam os policiais produzirem mais ocorrências.
“O empenho das tropas transformava-se em confiança nas comunidades, que passavam cada vez mais denúncias ao batalhão, que geravam grandes ocorrências”, explicou.