Vereador denuncia nomeações de familiares do prefeito de São Gonçalo
Acusação foi feita pelo vereador Sandro Almeida
Conviver com familiares é muito bom. E o prefeito José Luiz Nanci, parece ter tanta ligação com seus parentes, que nem no trabalho consegue ficar longe deles. O vereador Sandro Almeida (PSDB) impetrou ação cível no Ministério Público (MP), onde acusa o prefeito de nepotismo por nomear o genro (casado com sua filha) Rômulo Tarouquella da Silva Rocha para o cargo de Chefe de Gabinete, com status de secretário, com salário de R$ 11,5 mil. Porém, o agravante, segundo o vereador, é de que por ser funcionário do Ministério das Minas e Energia, cedido à Prefeitura de São Gonçalo, o custo mensal para o município chega a R$ 46 mil.
De acordo com Sandro Almeida, o genro do prefeito é engenheiro mecânico e entre salário e encargos, o município ressarce todo mês, R$ 34,1 mil ao Ministério de Minas e Energia. Ou seja, o genro, como secretário, ganha mais que o próprio prefeito e sogro.
Ainda de acordo com a denúncia protocolada no MP, Nanci teria nomeado o genro, inicialmente, em 5 de janeiro, como secretário de Planejamento e Projetos Especiais. Um mês depois, em 8 de fevereiro, Rômulo assumiu a chefia de Gabinete do sogro.
“O Rômulo é engenheiro mecânico e não pode colaborar para a gestão do governo, estando ali nomeado como chefe de gabinete, que é uma posição importante, um cargo de muita relevância para o município. Ele está ali só por ser genro do prefeito. A formação dele não agrega na gestão pública da cidade”, acusa Sandro Almeida.
Conforme Sandro Almeida, além da nomeação do genro, o prefeito teria cometido outras ilegalidades ao nomear também a mãe de Rômulo, Claudia Tarouquella Brandão, para comandar a Fundação de Assistência à Saúde dos Servidores de São Gonçalo (Funasg), com um salário de R$ 12 mil.
A denúncia ao Ministério Público ainda pede a apuração de possíveis irregularidades nas nomeações de outras pessoas com ligação de parentesco com o prefeito José Luiz Nanci. Foram identificadas contratação de familiares nas secretarias de Administração, Saúde e Educação e no próprio gabinete do prefeito. Como do primo Thomaz Nanci, subsecretário de Saúde, e o da sobrinha Rebeca Nanci Viana da Costa, assessora especial no gabinete do prefeito. Ambos recebem um salário mensal bruto de R$ 9,4 mil.
O vereador também pede apuração na contratação de familiares da primeira-dama Eliane Gabriel Nanci em cargos de primeiro e segundo escalão.
“A lei precisa ser garantida. É imoral o governo dizer que vive uma crise financeira anunciada, com o prefeito fazendo um decreto de calamidade pública na cidade já no dia 2 de janeiro, e logo depois nomear o genro com custos de R$600 mil por ano, aproximadamente. É um tremendo desacordo. Subentende-se que o município não está tão quebrado assim”, questionou Sandro.
O processo foi distribuído em 23 de junho no cartório da 3ª Vara Cível de São Gonçalo, e está em fase de tramitação em cumprimento de diligências.
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