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Políticos de Itaboraí, Rio Bonito e Tanguá na mira do Ministério Público

Bens foram bloqueados para ressarcir cofres

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de agosto de 2017 - 11:43
Carlos Pereira, de Tanguá
Carlos Pereira, de Tanguá -

Por Matheus Merlim

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Itaboraí, conseguiu na Justiça a decretação de liminar de indisponibilidade de bens para ressarcimento aos cofres públicos de R$ 93,3 milhões. Esse valor é referente a sete ações civis públicas por ato de improbidade administrativa envolvendo políticos, entes municipais, fundações e empresas das cidades de Rio Bonito, Tanguá e Itaboraí.

De acordo com o MP, as ações foram ajuizadas após serem constatados diversos atos de improbidade cometidos pelos acusados, como dispensas indevidas de licitação, nomeações ilícitas para preenchimento de cargos comissionados e superfaturamento na aquisição de combustível para veículos oficiais.

Das sete ações denunciadas pelo MP, quatro envolvem as prefeituras das cidades. Entre os chefes e ex-chefes do Poder Executivo dos municípios, estão Solange Pereira de Almeida, ex-prefeita de Rio Bonito; Carlos Roberto Pereira, ex-prefeito de Tanguá; José Luiz Alves Antunes, atual prefeito de Rio Bonito; e Helil Barreto Cardozo, ex-prefeito de Itaboraí.

Além deles, também são demandados três ex-presidentes da Câmarade Vereadores de Itaboraí: Lucas Rogério Baptista Borges, Marcos Antônio Oliveira de Araújo e Deoclécio Machado Viana. Há citações ainda de agentes públicos em atuação no município e um instituto. Ao todo, a Promotoria de Justiça ajuizou 18 ações civis públicas por improbidade no primeiro semestre de 2017, que se encontram em fase de apreciação na Justiça.

O SÃO GONÇALO procurou os políticos citados, mas apenas o ex-prefeito Helil Cardozo e o vereador Deoclécio Machado, ex-presidente da Câmara, foram encontrados. Os dois afirmaram ainda não terem sido notificados, oficialmente, pelo MP sobre as ações.

“Ainda não chegou nenhuma notificação do MP sobre a acusação de improbidade administrativa. Mas não tenho o que esconder. A gente sabe que o MP é um órgão acusador, cabe a mim provar o contrário. Eles estão cumprindo o papel deles, mas entre as acusações, sei que não fiz nenhuma contratação irregular, nem tenho convênios com institutos”, afirmou Helil.

Já o ex-presidente da Câmara de Itaboraí e atual vereador Deoclécio Machado afirmou que, mesmo sem notificação oficial, pretende ir, espontaneamente, ao MP, na semana que vem, para entender do que se trata a denúncia contra ele.

“Todas as nomeações que fiz na presidência da Câmara foram com base na Lei Orgânica do município. Estou de licença, mas vou me apresentar para entender o porquê dessas acusações”, disse.

OSG enviou o questionamento por email ao atual prefeito de Rio Bonito, José Luiz Alves Antunes, o Mandiocão, que não respondeu até o fechamento desta edição.

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