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Rio vira palco de protestos

Discussão de privatização da Cedae na Alerj gera manifestação e tem bancos depredados

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de fevereiro de 2017 - 12:30
Policiais permaneceram nas ruas do Centro até a noite, quando discussão começou na Alerj
Policiais permaneceram nas ruas do Centro até a noite, quando discussão começou na Alerj -

O início da discussão da privatização da Cedae na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro do Rio ontem, resultou em muita manifestação do lado de fora. Apesar da votação da proposta do Governo do Estado e que é condição imposta pelo governo federal para renegociar a dívida do Estado com a União só acontecer na próxima semana, não houve trégua. Agências bancárias foram depredadas e, pelo menos, uma loja foi saqueada.

A manifestação começou, por volta do meio dia de forma pacífica, mas acabou em confronto entre manifestantes e policiais militares, a partir das 15h30, e se espalhou para outras ruas. Os confrontos continuavam, às 19h30, pouco depois de sessão extraordinária ser convocada para a dscussão da privatização da Cedae, com o foco principal na Avenida Rio Branco, onde várias agências bancárias tiveram os vidros e os caixas eletrônicos quebrados e uma loja de roupas teve a cortina de aço arrombada e foi saqueada.

A Polícia Militar permaneceu na região, circulando com diversas viaturas, motos e veículos blindados para tentar dispersar os manifestantes, utilizando bombas de gás e de efeito moral e disparando tiros de balas de borracha.

Psol – O desembargador Marcos Alcino de Azevedo Torres, do órgão especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), negou, ontem, liminar pedida pelo PSol para suspender a tramitação da mensagem do Executivo que pede autorização da Alerj para que ações da Cedae viabilizem empréstimo de R$ 3,5 bilhões da União ao Governo do Estado. Na ação, o partido argumentou que, segundo o regimento interno da Casa e a Constituição do Estado, seria necessário promover audiências públicas para ouvir a população. E que os deputados não teriam elementos suficientes para discutir a questão sem essas audiências, o que violaria o processo legislativo. Em sua decisão, no entanto, o magistrado afirma que, embora as questões apresentadas pelo Psol sejam relevantes, não caberia ao Judiciário interferir em questões políticas.

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