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Vencedor do Nobel se refere aos juros do Brasil como uma 'pena de morte'

O economista Joseph Stiglitz disse, nesta segunda-feira (20), que o país só sobreviveu às taxas por conta dos bancos públicos fortes que garantem empréstimos a juros mais baixos, como o BNDES

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de março de 2023 - 19:22
Para Stigiltz, o Brasil sobreviveu porque conta com bancos públicos fortes
Para Stigiltz, o Brasil sobreviveu porque conta com bancos públicos fortes -

Prêmio Nobel de Economia em 2001, o americano Joseph Stiglitz disse, nesta segunda-feira (20), que o Brasil sobreviveu a uma “pena de morte” ao se referir à alta taxa de juros no país. A afirmação foi feita no seminário de Estratégias de Desenvolvimento Sustentável, que aconteceu na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. 

"É chocante a (taxa de juros) de vocês. Os números de 13,75% ao ano, ou de 8% de taxa real, são o tipo de juros que matam qualquer economia. Na verdade, o impressionante no Brasil é que o país sobreviveu ao que seria de fato uma pena de morte", afirmou ele. 

Para Stigiltz, o Brasil sobreviveu porque conta com bancos públicos fortes, como o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que garante empréstimos a juros mais baixos.

Também presente no evento, Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, criticou a atual taxa de juros no país.

“Não há nada que justifique 8% de juro real acima da inflação quando não há demanda explodindo e de outro lado quando o mundo inteiro está praticamente com juro negativo”, declarou.

Desde agosto, a taxa básica de juros, a Selic, está em 13,75%, e o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC) decidiu mantê-la na última reunião, em fevereiro — a partir de então, o presidente Lula vem constantemente criticando o BC pela ata. O colegiado se reúne novamente a partir desta terça-feira (21), quando discutirá se altera ou não a taxa.

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