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Vice-presidente do PT lucra cerca de R$ 1 mi em camarote na Sapucaí

“Camarote é um bom negócio. Não é atoa que todo mundo faz. Diminuí o lucro, porque dei muitos convites para a favela, mas, no balanço, deu lucro sim”, explicou o deputado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 23 de fevereiro de 2023 - 20:01
Quaquá e sua esposa trabalham com o camarote desde 2020
Quaquá e sua esposa trabalham com o camarote desde 2020 -

camarote de carnaval organizado pelo deputado federal (RJ) e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, rendeu, este ano, um lucro de cerca de R$ 1 milhão. Esse valor, no entanto, não inclui as despesas a serem pagas e nem o valor dos ingressos que serão vendidos no próximo sábado (25), no desfile das campeãs. 

Em entrevista ao Metrópoles, Quaquá explicou que o camarote é uma das suas fontes de renda. “Camarote é um bom negócio. Não é atoa que todo mundo faz; que tem empresários que fazem os grandes camarotes. Eu diminuí o lucro, porque dei muitos convites para a favela. Mas, no balanço, deu lucro, sim”, disse. 

Conhecido como “Camarote Favela”, a ideia foi criada em 2020 e é financiada por uma empresa comandada pelo deputado e sua esposa, Gabriela Lopes. Segundo Quaquá, o objetivo é dar acesso aos camarotes da Sapucaí, no Rio, às camadas mais vulneráveis da cidade.

organização oferece, todos os anos, ingressos a lideranças comunitárias e pessoas que fazem trabalhos sociais nas favelas do Rio de Janeiro. Neste ano, foram 300 ingressos por dia (de um total de 1 mil) ao público.

No entanto, esse objetivo “democrático” não é evidenciado no preço do ingresso, que custa, por dia, entre R$ 1.500 e R$ 2.500. O valor, segundo o deputado, ainda pode aumentar à medida que o Carnaval se aproxima.  

“Não é uma coisa para ter lucro absurdo. A gente modula para ter um lucro razoável e oferece para o pessoal da favela a participação”, afirma.

Neste ano, o Camarote Favela não abriu venda de ingressos para o público. A venda foi feita para empresas, empresários, políticos e outros conhecidos, em uma espécie de “boca a boca” para um público selecionado.

Washington afirmou que no próximo ano provavelmente terá venda aberta para o público em geral. E que só não houve esse ano, segundo ele, por conta da polarização que o país viveu durante as eleições. 

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