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Carta em defesa da democracia sofre mais de 2000 ataques hackers

Faculdade de Direito da USP publicou nota informando que os autores das tentativas de invasão estão sendo identificados

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 28 de julho de 2022 - 17:52
Fachada da Faculdade de Direito da USP, em São Paulo.
Fachada da Faculdade de Direito da USP, em São Paulo. -

Até a manhã desta quinta-feira (28), o site que abriga a carta em defesa do Estado Democrático de Direito sofreu mais de mais de 2.400 ataques hackers frustrados, de acordo com um de seus organizadores, a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

Em nota divulgada hoje (28), a faculdade diz que foram estabelecidas diversas camadas de proteção e monitoramento e que os autores das tentativas foram identificados e suas identidades serão levadas às autoridades competentes.

Lançado na tarde da última terça-feira (26), o abaixo-assinado já ultrapassou 300 mil adesões e conta, inclusive, com a assinatura de 12 ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), empresários, artistas, juristas, economistas e outras personalidades.

Após ser divulgada oficialmente, a carta foi aberta ao público e atingiu as 100 mil primeiras assinaturas em 24 horas. Hoje, já passa dos sete milhões de acessos e deve ser traduzida para o inglês, já que o segundo país que mais acessa o abaixo-assinado é o Estados Unidos.

Inspirado na Carta pela Democracia de 1977, texto de repúdio ao regime militar realizado pelo jurista Goffredo Silva Telles, o manifesto foi lançado depois que sistema eleitoral brasileiro e a urna eletrônica passaram a receber ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores.

Nesta quinta (28), Bolsonaro disse a eleitores, na saída do Palácio da Alvorada, que os assinantes do documento seriam empresas incomodadas com ações do governo, como, por exemplo, os banqueiros com a criação do Pix.

A carta, mesmo assim, não cita o governo federal e nenhum partido que concorra às eleições de 2022.

Entre os participantes da lista de assinaturas estão os cantores Chico Buarque, Gal Costa, Zélia Duncan, Maria Bethânia e Frejat, a atriz Fernanda Montenegro e os atores Antonio Calloni e Bruno Gagliasso, os ex-ministros do STF Joaquim Barbosa, Francisco Resek e Nelson Jobim.

Também assinaram os empresários Walter Schalka, presidente da Suzano; Roberto Setúbal, ex-presidente do Banco Itaú; Pedro Moreira Salles, presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco; Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central; entre outros.

Os interessados em assinar a carta deverão acessar os sites da Faculdade de Direito da USP, da Associação de Juízes Federais, Associação do Ministério Público ou do Grupo Prerrogativas.

O material coletado pelo manifesto será apresentado na sede da Faculdade de Direito da USP, no Centro de São Paulo, no dia 11 de agosto.

Para conferir a carta completa acesse o site: https://www.estadodedireitosempre.com/

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