"Inaceitável", diz Bolsonaro sobre acordo entre TSE e Whatsapp
Parceria foi feita para lançar novo recurso após segundo turno da eleição
O presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou nesta sexta-feira (15) o acordo entre o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e o Whatsap para que a nova ferramenta do aplicativo - as 'Comunidades' - que permite grupos com mais de duas mil pessoas só entre em funcionamento no Brasil após o segundo turno da eleição presidencial.
"Adianto que o Whatsapp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora abrir uma excepcionalidade no Brasil isso é inadmissível e inaceitável.", disse. "Não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil com informações que eu tenho até esse momento", completou o presidente que participou de uma motociata nesta sexta-feira no interior de São Paulo.
Bolsonaro, no entanto, não disse como poderia impedir o acordo, já que ele foi firmado entre uma empresa privada e um braço do Poder Judiciário. A ele, restaria apenas usar a Advocacia-Geral da União para recorrer ao TSE.
'Comunidades' no Whatsapp
Na quinta-feira (14), o Whatsapp lançou um novo recurso chamado 'Comunidades' em estágio experimental. A nova funcionalidade é como um 'guarda-chuva' que abriga vários outros grupos, formando assim um 'grupão' com milhares de usuários.
Atualmente, cada grupo pode ter no máximo 256 participantes. O recurso 'Comunidades' permite juntar 10 grupos menores em um grupo maior, formando assim um grupo com mais de dois mil e quinhentos usuários.
O Whatsapp se comprometeu com o TSE a não lançar o recurso antes do eventual segundo turno das eleições, que acontecerá no dia 30 de outubro. Porém, a empresa não garante que vai 'segurar' a estreia do recurso no Brasil no tempo entre o fim do segundo turno e a posse presidencial.