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Presidente da Câmara defende legalização do jogo do bicho

Arthur Lira também defendeu semipresidencialismo em evento em SP

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 22 de fevereiro de 2022 - 15:04
Arthur Lira fez defesa do jogo do bicho durante evento promovido por banco em SP
Arthur Lira fez defesa do jogo do bicho durante evento promovido por banco em SP -

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que nesta terça-feira (22) ser favorável à legalização do jogo do bicho no Brasil. O deputado também afirmou que os jogos já estão presentes na vida dos brasileiros e que seria demagogia não debater o assunto. 

Apesar do apoio de Arthur Lira ao projeto, que pode entrar em votação na Câmara amanhã (23) ou ainda hoje, há resistência por parte de outros parlamentares. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que é aliado de Arthur Lira, já prometeu vetar as mudanças, caso elas sejam aprovadas no Congresso. Também há resistência dentro da bancada evangélica.

"Onde não acontecem jogos no Brasil? Temos o jogo do bicho há uma vida. Os cassinos, em São Paulo deve ter mais de 300. Temos jogos online", disse Lira em evento organizado pelo banco BTG Pactual, acrescentando: "Ao redor de todos os campos de futebol, há propaganda. O brasileiro com cartão de crédito joga, e o imposto fica no Reino Unido."

O presidente da Câmara também explicou que as regras do setor serão rígidas, caso o projeto seja aprovado. Atualmente o assunto sofre resistência por ser visto pelos críticos como uma forma de permitir a lavagem de dinheiro.

"É demagogia pura ou interesse de alguns grupos não querer que esse debate já à frente. Não estamos propondo nenhuma regalia. É regra dura, com compliance, para evitar as versões maléficas que se colocam em cima desse tema. Pode trazer divisas de turismo, de emprego, de renda, de arrecadação. E vai ser tratado com seriedade."

Lira reconheceu que há resistências ao projeto, como na bancada evangélica, mas que isso está sendo tratado com clareza. "Esse assunto pode estar na pauta hoje ou amanhã. É possível que nós votemos", comentou.

Semipresidencialismo

Ainda durante o encontro promovido em São Paulo, Arthur Lira voltou a defender o semipresidencialismo, sistema em que os poderes hoje concentrados no presidente República são divididos entre o presidente e o primeiro-ministro. Apesar do desejo, Lira afirmou que o projeto é para 2030.

De acordo com ele, o presidencialismo, com eleições a cada dois anos, quando incluídas as municipais, dificulta a votação de reformas estruturantes.

"A Câmara patrocinará para que o debate seja claro, franco, produtivo, construtivo, de uma possível mudança no nosso sistema político nacional, se para 2030 queremos fazer uma mudança do presidencialismo para o semipresidencialismo", disse Lira.

Arthur Lira também defendeu que adotar o modelo semipresidencialista é melhor do que reformar a lei do impeachment, instrumento que foi "banalizado", na opinião do presidente da Câmara.

"Hoje o Brasil vive o cai, mas não cai. Todo o presidente desde Collor a Bolsonaro, ou caiu por impeachment ou respondeu por impeachment. Tem mais de 300 pedidos. Não podemos banalizar o instrumento", afirmou.

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