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Bolsonaro reclama de apoiadores que o criticam após recuo: 'Não lê a nota e reclama'

Presidente foi atacado por aliados após "pedido de desculpas" ao STF

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de setembro de 2021 - 17:02
Bolsonaro deu declaração durante saída do Palácio da Alvorada
Bolsonaro deu declaração durante saída do Palácio da Alvorada -

Após divulgar uma nota de recuo, vista como um "pedido de desculpas" pelos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu diversas críticas de apoiadores. Nesta sexta-feira (10), ao conversar com simpatizantes na entrada do Palácio da Alvorada, ele comentou sobre os ataques e pediu para que seus eleitores leiam a nota com mais calma.

"O que aconteceu às três da tarde de ontem (quinta, 9). Não posso falar para cima, que o dólar… O que acontece? Cada um fala o que quiser. O cara não lê a nota e reclama. Leia a nota, duas, três vezes. É bem curtinha, são 10 pequenos itens. Entenda…", pediu Bolsonaro a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada. "Se o dólar dispara, influencia o combustível."

Mesmo com a reação positiva do mercado à carta de Bolsonaro, com fechamento da bolsa em alta, apoiadores criticam o recuo do presidente após uma série de ameaças e ataques ao STF e aos ministros da Corte. O deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), um dos mais fiéis aliados do presidente, disse que "o leão virou gatinho".

"Estamos vivendo uma ditadura da toga. E o povo foi para a rua para gritar. Infelizmente, os conselheiros do presidente Bolsonaro o tornaram pequeno", afirmou.

Dois dias antes de divulgar a carta, que foi escrita pelo ex-presidente Michel Temer, Bolsonaro havia chamado o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de "canalha". Ele também afirmou que não cumpria decisões do magistrado. Na nota de ontem, no entanto, disse que as declarações foram feitas no "calor do momento" e que não teve "nenhuma intenção e agredir quaisquer dos Poderes". Bolsonaro também fez elogios a Alexandre de Moraes e chegou a falar com o ministro por telefone.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos, saiu em defesa para tentar justificar o movimento de moderação adotado por Bolsonaro apenas dois dias depois das manifestações convocadas por ele próprio. 

"O presidente Jair Bolsonaro sempre disse que jogaria nas 4 linhas da Constituição. Mesmo assim, seus opositores o chamavam de antidemocrático. É a velha tática esquerdista: Acuse-os do que você é! Hoje, me surpreendo ao ver muitos caírem no novo discurso opositor de ofensa ao Presidente", escreveu Ramos.

"Ora, reflitam. O presidente é um estadista e patriota. Defende o Brasil acima de tudo. Pelo País está disposto a sacrificar a própria vida, que quase foi perdida, há 3 anos, por defender a pátria e a família. Sua bravura foi posta a prova e ele jamais desistiu, apesar dos ataques covardes", acrescentou.

"No passado, vimos muitos virarem as costas para Jair Bolsonaro em defesa de supostos "heróis". O tempo trouxe a verdade! Tenham paciência, pois, mais uma vez, o tempo irá consolidar a verdade", afirmou, colocando a hashtag "#EuConfioEmBolsonaro", que aparecia entre as mais comentadas do Twitter na manhã desta sexta-feira.

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