Depois do voto impresso não passar, Bolsonaro afirma que eleições presidenciais não serão confiáveis
Foram 229 votos favoráveis a PEC e 218 contra

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou pela primeira vez, na manhã desta quarta-feira (11), depois do voto impresso não passar na Câmara dos Deputados. O chefe do Executivo disse que a PEC foi rechaçada por ‘chantagem’ e ‘medo de retaliações’.
"Sinalizamos uma eleição, não que está dividida, mas de eleições onde não vão se confiar nos resultados das eleições. Perguntaria agora para aqueles que estão trabalhando por interesse pessoais se eles querem enfrentar umas eleições ano que vem com a mácula da desconfiança", comentou o presidente.
Apesar dos recorrentes ataques ao sistema eleitoral, Bolsonaro falou em diversas oportunidades que não tem provas sobre irregularidades das urnas eletrônicas.
Foram 229 deputados a favor do voto impresso. Sendo uma emenda à Constituição (PEC), eram necessários 308 votos para ser aprovado. Outros 218 sinalizaram contrários a proposta. Ainda tiveram 64 parlamentares que se abstiveram ou se ausentaram.
Diante disso, Bolsonaro afirmou que metade do parlamento havia votado a favor e que os 218 contrários e 64 ausentes foram chantageados.
"Número redondos, 450 deputado votaram ontem, foi divido. 229, 218, dividido. Então é sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE. Não acredita que o resultado no final ali seja confiável. Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PCdoB, PSOL que para eles é melhor o voto eletrônico como está aí", disse Bolsonaro.
"Desses outros que, tirando esses partidos de esquerda que votaram contra, muita gente votou preocupada. Foram realmente problemas. Com problemas essas pessoas aí resolveram votar com o ministro presidente do TSE. Os que se abstiveram, numa votação online, abstenção é muito difícil acontecer. Não é que votou abstenção, é não votou. Então é sinal que também ficaram preocupados com retaliações", finalizou.