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CPI da Covid pede apreensão do passaporte do empresário Carlos Wizard

Wizard não compareceu à CPI para prestar depoimento

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 17 de junho de 2021 - 17:28
Wizard é apontado como membro do "gabinete paralelo" da Saúde
Wizard é apontado como membro do "gabinete paralelo" da Saúde -

O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou que oficiará a Justiça Federal pedindo a retenção, pela Polícia Federal, do passaporte do empresário Carlos Wizard. Ele não compareceu ao depoimento previsto para esta quinta (17) na comissão.

Wizard se encontraria nos Estados Unidos. Aziz determinou que o passaporte seja devolvido apenas após a prestação de depoimento à CPI. Acrescentou que vai oficiar o juiz criminal para "requisitar à autoridade policial a apresentação da testemunha faltosa", eventualmente com auxílio da força pública.

O empresário obteve na véspera um habeas corpus, concedido pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, concedendo-lhe o direito de não responder a perguntas que o incriminassem. Omar Aziz criticou com veemência Wizard por, mesmo assim, não ter comparecido:

"Hoje, às 7h da manhã, a secretaria da comissão recebeu pedido dos advogados de Carlos Wizard de audiência com esta presidência para tratar de "redesignação de data". É uma brincadeira dele, né? Uma data combinada para ele vir", indignou-se.

O presidente da CPI disse que o não comparecimento de Wizard é um desrespeito "não com a CPI, mas com o STF":

"O que me espanta é um cidadão procurar o STF para conseguir um habeas corpus para vir a esta CPI e ficar em silêncio, e não aparecer. Então para que foi ao Supremo, se não vinha? O ministro Barroso com certeza tem muitos afazeres. O sr. Carlos Wizard está achando que conseguir habeas corpus no Supremo é que nem ir à quitanda comprar bombom."

Carlos Wizard é apontado como membro do chamado "gabinete paralelo", que assessorava o presidente Jair Bolsonaro em relação às ações do governo federal na pandemia de Covid-19. Ele seria um dos responsáveis por ter aconselhado o governo federal a defender o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19, como a hidroxicloroquina, e teorias como a da imunidade coletiva (ou "de rebanho").

Remarcação

Devido à sessão deliberativa do Plenário para discutir a MP da privatização da Eletrobras, foi adiado o depoimento de Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele seria ouvido a respeito de um relatório não oficial de sua autoria, usado pelo presidente Jair Bolsonaro para lançar dúvida sobre o número oficial de brasileiros mortos pela covid-19.

"Todos têm interesse em debater a MP. Pedimos desculpas ao sr. Alexandre. No momento oportuno teremos nova data para ele comparecer", encerrou o presidente da CPI.

(Agência Senado)

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