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Bolsonaro é contra a compra de vacinas por governadores e prefeitos

Presidente orientou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre o assunto

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 08 de março de 2021 - 09:16
Bolsonaro acredita em "motivação política" na corrida à vacina
Bolsonaro acredita em "motivação política" na corrida à vacina -

De acordo com informações publicadas na coluna de Josias de Souza, no portal UOL, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer impedir governadores e prefeitos de comprarem vacinas contra o coronavírus. Segundo Josias, o presidente  “corre para evitar que estados e municípios comprem as vacinas que a União negligenciou”.

O colunista ouviu um executivo da pasta da Saúde, que afirmou que Bolsonaro foi taxativo na orientação que deu ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Segundo a fonte, o presidente não admite que aliança de governadores ou o consórcio de prefeitos tomem o lugar do governo federal na questão de negociar vacinas com os fabricantes.

"Até porque fariam gentileza com chapéu alheio. Eles compram, mas quem paga sou eu", disse Bolsonaro para a fonte ouvida pelo UOL.

Na corrida pelas vacinas, Bolsonaro acredita em "motivação política", apesar do colapso em UTIs e enfermarias do país. Segundo o colunista, as cartas divulgadas por governadores e prefeitos que criticam o governo federal gerou irritação no presidente. A consequência desse aborrecimento foi uma reação com ofensas à cobrança por vacinas.

"Tem idiota que a gente vê, [dizendo] 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe! Não tem para vender no mundo", disse o presidente, na última quinta-feira (04).

O cronograma de imunizantes vem sendo reduzido. Neste mês, a distribuição foi diminuída em 8 milhões de vacinas e o total para março será de 30 milhões. As doses da Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, foram descartadas em razão da empresa responsável não ter entrado com autorização para uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Antes disso, já haviam tido duas quedas no número prometido de vacinas para o mês. A previsão original para março era de 46 milhões de doses, que foi reduzida para 38 milhões. Na última quarta-feira (03), houve mais um diminuição e o número foi para 37,4 milhões.

Agora pressionado, Pazuello procura negociar com laboratórios como a Johnson & Johnson, Pfizer e Moderna, para adquirir vacinas. Contudo, várias propostas de fornecimento de vacinas foram rejeitadas pelo governo. A própria Pfizer chegou a oferecer 70 milhões de doses em agosto de 2020, com previsão de entrega até o meio desde ano, mas foi desprezada pelo governo Bolsonaro. 3 milhões de doses já teriam sido entregues até fevereiro e poderiam ter sido aplicadas nos brasileiros.

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