Deputado é impedido de embarcar em voo após se negar a usar máscara

A companhia Gol impediu o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) a embarcar em um voo no Aroporto Internacional de São Paulo, em Garulhos, na terça-feira, 26, após ele se recursar a usar máscara de proteção contra a Covid-19, item obrigatório para os passageiros. 

Na terça-feira, Daniel chegou a Cumbica, em São Paulo, vindo do Rio, onde esperava a conexão para Brasília. Ele apresentou, no momento do embarque, um atestado médico que dispensava o uso de máscara por cefaleia (dor de cabeça) crônica. A equipe da companhia não aceitou a justificativa apresentada pelo parlamentar, dando início a um bate-boca. A companhia precisou acionar a Polícia Federal para conseguir impedir que o deputado embarcasse no voo. 

Após o incidente, a Gol remarcou o embarque do deputado para esta quarta-feira, 27, mediante a utilização de máscara por Silveira. Ao chegar em Brasília, o parlamentar divulgou na manhã  um vídeo em suas redes sociais onde disse que está processando a Gol e que "já fez mais de 40 voos sem máscara". De acordo com Silveira, houve a prática de crime de calúnia por uma funcionária da companhia aérea contra o chefe de gabinete do parlamentar, porque ele teria sido questionado pela funcionária se a agrediria durante a confusão.

Ainda nas redes sociais, o parlamentar divulgou um vídeo chamando a máscara de "focinheira ideológica", e alegando que se amparou na lei federal 14.019/2020, que, segundo o parlamentar, permitiria que ele não fizesse o uso da máscara. No entanto, a lei diz que a obrigação do uso "será dispensada no caso de pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial, conforme declaração médica, que poderá ser obtida por meio digital, bem como no caso de crianças com menos de 3 (três) anos de idade".