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Em carta para Biden, Bolsonaro afirma que o Brasil e os EUA "são as duas maiores democracias"

A carta foi enviada ontem (20)

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de janeiro de 2021 - 09:10
O presidente brasileiro demorou a reconhecer a vitória do democrata
O presidente brasileiro demorou a reconhecer a vitória do democrata -

O presidente Jair Bolsonaro informou, na noite da última quarta-feira (20), que enviou uma carta para o atual presidente dos EUA, Joe Biden, após sua posse, que também ocorreu ontem. Esse ato foi importante, considerando que Bolsonaro foi um dos últimos presidentes do mundo (junto com Vladimir Putin, da Rússia, e Andrés Manuel López Obrador, do México) a reconhecer a vitória de Biden, que foi anunciada em novembro do ano passado. Na carta, Bolsonaro afirma que o Brasil e os Estados Unidos "são as duas maiores democracias do mundo ocidental". 

"O Brasil e os EUA são as duas maiores democracias do mundo ocidental. Nossos povos estão unidos por estreitos laços de fraternidade e pelo firme apreço às liberdades fundamentais. Assim, inspirados nesses valores compartilhados, e sob o signo da confiança, nossos países têm construído uma ampla e profunda parceria", disse Bolsonaro na carta. 

O presidente do Brasil chegou a afirmar no documento enviado que é um "grande admirador dos Estados Unidos" e que em seu governo busca "corrigir os equívocos de governos brasileiros anteriores". Segundo Bolsonaro, foram esses erros que "afastaram o Brasil dos EUA". 

Vale lembrar que o Brasil tem comércios diretos com os Estados Unidos, mas as ações de Bolsonaro preocupavam outros políticos. Isso porque o presidente brasileiro demonstrou seu claro apoio a Trump em seu reeleição no ano passado. Trump era o principal rival de Biden. Quando a vitória de Biden foi anunciada, em novembro de 2020, Bolsonaro não a reconheceu. Foi apenas no dia 15 de dezembro que o Ministério das Relações Exteriores falou sobre a vitória do candidato democrata. Além disso, após as eleições, o presidente brasileiro chegou a fazer discursos afirmando que desconfiava do processo eleitoral americano.

O presidente aproveitou a carta para falar também da economia entre dos dois países, além do desenvolvimento tecnológico e científico. Bolsonaro falou também da Amazônia e da questão das mudanças climáticas.

"Estamos prontos, ademais, a continuar nossa parceria em prol do desenvolvimento sustentável e da proteção do meio ambiente, em especial a Amazônia, com base em nosso Diálogo Ambiental, recém-inaugurado. Noto, a propósito, que o Brasil demonstrou compromisso com o Acordo de Paris com a apresentação de suas novas metas nacionais", disse o presidente no documento.

Biden, anteriormente, já ameaçou o Brasil com sanções econômicas caso não fosse reduzido o desmatamento na Amazônica. Na época, Bolsonaro criticou o candidato.

Bolsonaro finalizou sua carta afirmando que tinha interesse em trabalhar junto com o novo presidente americano. "Entendo que interessa ao nossos países contribuir para uma ordem internacional centrada na democracia e na liberdade, que defenda os direitos e liberdades fundamentais de todos e, muito especialmente, de nossos cidadãos. E estamos dispostos a trabalhar juntos para que esses valores fundamentais estejam no centro das atenções, seja bilateralmente, seja nos foros internacionais", afirmou. 

A carta de Bolsonaro a Biden foi publicada no Twitter do presidente do Brasil. Na legenda das fotos do documento, Bolsonaro escreveu: Cumprimento Joe Biden como 46º Presidente dos EUA. A relação (emoji da bandeira do Brasil) e (emoji da bandeira dos EUA) é longa, sólida e baseada em valores elevados, como a defesa da democracia e das liberdades individuais. Sigo empenhado e pronto para trabalhar pela prosperidade de nossas nações e o bem-estar de nossos cidadãos." Ele ainda completou: "Para marcar essa data, enderecei carta ao Presidente dos EUA, Joe Biden, cumprimentando-o por sua posse e expondo minha visão de um excelente futuro para a parceria Brasil-EUA: (finalizou com as bandeiras dos países novamente)". 

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