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Ministro da Saúde acusa Dória de ter feito "marketing" com vacinação

Pazuello afirmou que governador de SP foi "desleal"

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 17 de janeiro de 2021 - 18:39
Pazuello afirmou que governador de SP foi "desleal"
Pazuello afirmou que governador de SP foi "desleal" -

Durante coletiva de imprensa na tarde deste domingo (17), o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, acusou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de "desprezar a lealdade federativa" e fazer uma "jogada de marketing" após a autorização da Agência Nacional de Vigilâncisa Sanitária (Anvisa) para uso emergencial da vacina chinesa CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan (SP) em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Em São Paulo, minutos após a autorização da Anvisa, o governo do estado fez um ato simbólico ao vacinar a enfermeira paulista Mônica Calazans, primeira brasileira a receber uma vacina contra a Covid-19 no país. O ato, além de comemorar a aprovação da vacina, deu início à campanha de imunização no estado de São Paulo. O governador João Dória, que é um dos maiores adversários políticos do presidente Bolsonaro, participou do evento. 

O ministro da Saúde afirmou que o ato foi uma "quebra de pactuação" em relação ao Plano Nacional de Imunização, que, segundo ele, teve o consentimento de todos os governadores.

"Quebrar essa pactuação é desprezar a igualdade entre os estados e entre todos os brasileiros construída ao longo da nossa história. É desprezar a lealdade federativa", declarou.

Pazuello ironizou a primeira vacina aplicada no país e disse que o Ministério da Saúde não irá fazer "jogada de marketing" como em São Paulo.

"Em respeito aos governadores, não faremos uma jogada de marketing. Governadores, não permitam que movimentos políticos eleitoreiros se aproveitem da vacinação", completou ele.

O Governo Federal tem defendido que a vacinação seja realizada de forma simultânea em todos os estados, com distribuição proporcional e igualitária, mas ao mesmo tempo tem priorizado a distribuição de medicamentos comprivadamentes ineficazes no combate ao coronavírus. No entanto, em São Paulo, o governo do estado tem planejamento próprio para distribuição a partir do avanço nos estudos com a Coronavac.

O ministro da Saúde lembrou que existe um contrato firmado entre o Governo Federal e o Instituto Butantan que garante exclusividade na aquisição e distribuição das doses. 

"Qualquer movimento fora da linha [por parte do governo de SP] está em desacordo com a lei. [...] Nós temos muitas coisas no país em desacordo com a lei, é por isso que a lei existe", disse o governador, sobre possível quebra de contrato.

"Como foi feita essa entrega sem ter feito a liquidação?", questionou Pazuello, referindo à dose utilizada em SP para vacinar a enfermeira Mônica Calazans.

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