Em live, Bolsonaro nega atraso na vacinação no Brasil e pede 'calma'
Ministro da Saúde estava ao lado do presidente e falou sobre a aprovação de uso emergencial das vacinas
Na noite dessa quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro fez mais uma de suas transmissões ao vivo pelas redes sociais e pediu "calma" para a população sobre o início da vacinação contra o novo coronavírus.
Acompanhado do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, Bolsonaro negou que o governo e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estejam atrasando um começo da imunização.
"Alguns reclamam que o Brasil está atrasado, o governo está atrasando, o governo não tomou providência para a vacinação: calma", afirmou.
Bolsonaro rebateu as críticas na questão da demora do início da vacinação, em que vem sendo classificado como "genocida". De acordo com o chefe do Executivo, o Brasil não é uma "republiqueta", onde se pode fazer "negociatas" em compras.
Na live, Pazuello afirmou que torce muito para dar certo a aprovação do uso emergencial dos imunizantes que a Anvisa analisa. O governo espera que a análise de requerimentos de registros por parte da agência seja finalizada no próximo domingo (17)
Por outro lado, Bolsonaro disse que a Anvisa não será cobrada em caso de extensão do tempo de análise. O órgão examina a certificação dos imunizantes desenvolvidos pelo Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac e da vacina da AstraZeneca/Oxford, distribuída pelo Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Pazuello falou também sobre a eficácia da Coronavac, vacina do Butantan, que apresentou uma eficácia geral de 50,38%, de acordo com o governo de São Paulo.
"Quando a gente observa o que quer dizer a eficácia, que existe uma regra clara da eficácia mínima e do que a vacina pode nos dar de positivo, não há problema algum com relação à eficácia se nós olharmos por esse ângulo", disse.
Além disso, Bolsonaro comentou novamente sobre o tratamento precoce do coronavírus e disse ainda que "idiotas sem caráter" fazem acusações de que ele lucra com a propaganda da hidroxicloroquina, medicamento que não possui eficácia comprovada contra o vírus.