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O que é a esporotricose? Doença é considerada 'epidemia’ entre pets

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 08 de maio de 2017 - 16:31
Esporotricose tem cura tratamento é demorado, mas eficiente
Esporotricose tem cura tratamento é demorado, mas eficiente -

Você sabe o que é a Esporotricose? Sabe aquela ferida com aparência de queimadura que parece não sarar nunca? Ela pode ser mais complexa do que aparenta. Considerada pelos especialistas como uma epidemia no Estado do Rio, a doença atinge humanos e animais domésticos, principalmente cães e gatos. Desenvolvida por um fungo (Sporothrix Schenckii) encontrado na terra, a esporotricose pode causar feridas na pele, úlceras, ínguas, febre alta, entre outras complicações.

A doença é hoje uma das grandes preocupações dos veterinários quando o assunto é saúde pública. Isso porque o animal pode ser contaminado e no contato com o bichinho, toda a família pode ser atingida. “Era conhecida no passado como doença de jardineiro, porque era quem tinha contato direto com a terra. Ela pode ser adquirida através de pequenas feridas ou qualquer corte na pele. Vale ressaltar que gatos e cachorros não têm culpa de propagar o fungo. Eles são tão vítimas quanto os seres humanos”, destaca a veterinária Francia Rosana Felix.

De acordo com a médica veterinária, basta um único contato com o fungo para o animal contrair a doença. Após manifestar a primeira ferida, é preciso uma ação rápida para que o bicho não apresente os machucados em outras partes do corpo. O tratamento não é simples, exige tempo e diversos medicamentos. Porém, a especialista ressalta que tem cura, só é preciso acompanhamento de um profissional. "Muitas pessoas fazem eutanásia nos animais por achar que não tem cura, mas tem sim. O tratamento é demorado, mas é preciso ter paciência para que o animal consiga vencer a doença", acrescenta.

A gatinha Julie, de cerca de dois anos, foi uma vítima da doença. ‘Filha’ da fotógrafa Thaiane Nunes, de 24 anos, ela contraiu a esporotricose durante o seu primeiro cio após fugir e cruzar com um gato da vizinhança. Assim que teve os filhotinhos, a gata passou a ficar com o olho direito inchado e a lacrimejar muito. “Fiquei preocupada com o olhinho dela e a levei em um veterinário. Mas ele não diagnosticou a esporotricose e passou uns remédios. Só que a medicação agravou ainda mais o problema, ela teve falta de ar e ficou mais inchada. Eu suspendi os remédios e busquei ajuda com outro médico”, explica. 

A doença só foi descoberta no terceiro veterinário, que marcou uma biópsia e realizou a cultura para fungos. Foram 90 dias de tratamento com remédios, mas as feridas logo sararam. E, diferente de outros casos, ninguém da casa foi contaminado, nem mesmo a ‘irmã’ Kate, uma gatinha de um ano. “A medicação é cara e o tratamento demora, mas eu sempre acreditei que ela ia melhorar. Nem eu e meu marido, nem a Kate, fomos contaminados. E elas vivem se arranhando pela casa. Mesmo assim, nunca tive medo de contrair a doença, só queria que ela melhorasse logo”, conclui Thaiane.

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