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Comissão da Alerj flagra crimes ambientais nas Lagoas de Niterói

Foi constatado despejo irregular de detritos jogados pela própria Prefeitura

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de janeiro de 2021 - 17:51
No entorno da Lagoa de Itaipu, técnicos da Cosan encontraram uma área utilizada para despejo de entulho
No entorno da Lagoa de Itaipu, técnicos da Cosan encontraram uma área utilizada para despejo de entulho -

A Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj (Cosan) flagrou uma série de irregularidades nos entornos das Lagoas de Itaipu e Piratininga, em Niterói, durante visitas de inspeção realizadas nos últimos dias, a partir de denúncias de moradores e pescadores da região. Entre os problemas, foram constatados despejo irregular de detritos jogados pela própria Prefeitura, além de vazamento de esgoto e mortandade de peixes, entre outros problemas.

No entorno da Lagoa de Itaipu, técnicos da Cosan encontraram uma área utilizada para despejo de entulho e outros detritos descartados pela concessionária Águas de Niterói e pela Secretaria Municipal de Conservação, aparentemente, sem o devido licenciamento, formando uma montanha de lixo e acúmulo de água.

“Encontramos uma situação dramática, com muito lixo de diversas origens às margens da Lagoa, gerando acúmulo de água parada e risco ao ambiente, em meio a um parque estadual, onde temos, inclusive, a Reserva Extrativista de Itaipu”, observa o deputado estadual Gustavo Schmidt, presidente da Cosan.

A Comissão já preparou o envio de ofícios à concessionária, à Prefeitura e ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), solicitando acesso às devidas licenças ambientais para a utilização da área. Caso não haja o licenciamento, o Ministério Público será comunicado.

Já na Lagoa de Piratininga, a Cosan flagrou ações que colocam em risco a flora, a fauna e o corpo hídrico local, com supressão de vegetação, transbordo de esgoto in natura e uma visível mortandade de peixes.

“Encontramos muitos peixes mortos no espelho d’água da Lagoa de Itaipu na segunda-feira (11/01) e uma situação flagrante de ameaça ao ecossistema”, afirma Gustavo Schmidt. “Vamos oficiar a Prefeitura para apurarmos as responsabilidades e fazer com que o Complexo Lagunar de Niterói seja respeitado. Além de ser um patrimônio ecológico, toda essa área também atende a pescadores da região e poderia ser um grande polo de atração de atividades turísticas e de lazer”.

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