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Doca Street, condenado por assassinar socialite nos anos 70, morre de infarto

Caso foi um marco na mobilização do movimento feminista no Brasil

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 19 de dezembro de 2020 - 17:08
O caso ocorreu em 1976
O caso ocorreu em 1976 -

O assassino da socialite mineira Ângela Diniz, Doca Street, 86, morreu vítima de uma parada cardíaca na última sexta-feira (18), no Hospital Samaritano, em São Paulo. Raul Fernando do Amaral Street ou Doca Street foi condenado pela morte de Angela, na Praia dos Ossos, em Búzios, em 1976. O crime ocorreu por Doca não aceitar o término do relacionamento com ela. As informações são do jornal O Globo.

O caso ocorreu em Búzios, na Praia dos Ossos, onde os dois estavam em uma pousada. Segundo investigações da época, Ângela queria terminar seu relacionamento com Doca, que não aceitou a situação. Ele então foi até seu carro, pegou uma arma e atirou quatro vezes no rosto da socialite.

Na época do julgamento, o advogado de Doca afirmava que Ângela era "uma mulher fatal" e que seu cliente teria agido em legítima defesa "da honra", segundo o jornal O Estadão.

O caso e seus desdobramentos causaram diversos protestos do movimento feminista, já que Doca foi julgado em 1979 e condenado a apenas dois anos de prisão, podendo responder em liberdade. Por causa das manifestações e com recurso apresentado pelos promotores, Doca foi julgado novamente e condenado a 15 anos de prisão por homicídio em 1981. Destes, o assassino cumpriu apenas quatro anos em regime fechado. Depois, foi para o semiaberto e, em 1987 acabou solto.

Doca deixa viúva, três filhos, dez netos e uma bisneta.

O podcast "Praia dos Ossos", feito pela Rádio Novelo, conta a história de Ângela e do caso, além de relatar o relacionamento da socialite com Doca. O áudio é apresentado por Branca Vianna e conta com a pesquisadora Flora Thompson-Devaux, além de mais 40 pessoas envolvidas.

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