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Projeto "Sentinela de Maricá Covid-19" faz sucesso e evita que a pandemia cresça no município

O segundo ciclo do projeto está ocorrendo agora em dezembro

relogio min de leitura | Escrito por Ana Carolina Moraes e Thalita Queiroz | 15 de dezembro de 2020 - 16:39
O projeto é o resultado da união entre a prefeitura do município com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
O projeto é o resultado da união entre a prefeitura do município com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) -

A cidade de Maricá se tornou referência ao criar um método eficaz para identificar a origem dos contágios de Covid-19 na cidade. A pesquisa liderada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), e a Secretaria de Saúde de Maricá, faz uso do método de ir de casa em casa testando a população de forma aleatória, dessa forma, será possível identificar mais facilmente como está o município nesta pandemia. Os chamados "Sentinela de Maricá Covid-19" atuam em equipes de três pessoas, com um motorista, um enfermeiro e um agente de saúde e se dividem pelos quatro distritos da cidade. Ao todo, 384 domicílios já receberam a visita dos sentinelas.

O projeto, recomendado por cientistas e especialistas, visa traçar o perfil epidemiológico do município. O segundo ciclo do projeto está ocorrendo agora, em dezembro, já o primeiro, ocorreu no período de 06 a 23 de outubro e colheu 376 amostras em domicílios também escolhidos de maneira aleatória, baseado na classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na ocasião, as equipes atingiram 97% da meta de visitação e desse número, 8% apresentaram sorologia positiva. 

De acordo com Carlos Senna, chefe de gabinete do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) e coordenador de campo da pesquisa, o intuito é descobrir a origem da contaminação e quais são as regiões com maiores incidências. "Contratamos uma empresa e ela fez uma amostragem com estatísticas do IBGE. Essa atividade é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e ainda ajuda a identificar as pessoas assintomáticas", diz ele.

Como funciona

Na ação, os sentinelas buscam realizar o teste de RT-PCR na porta das casas das pessoas. Com isso, é possível traçar um mapa sobre os principais casos da doença e ajudar a conter a situação antes que a doença se espalhe. Na visita também é aplicado um questionário e feito o teste rápido (de sangue).

Os sentinelas são recomendados a testarem os pacientes e, caso um deles esteja infectado, é necessário rastrear os seus contatos e isolar este, assim como aqueles que ele pode ter contaminado, por exemplo. A ideia é evitar que o vírus cresça. O trabalho de testagem funciona também em conjunto com o Laboratório Central Dr. Francisco Rimolo Neto, que se liga com o ICTIM.

O coordenador de campo da pesquisa explica que o resultado do teste costuma sair em torno de 48h após a coleta. Ao sinal de positivo, uma nova equipe de Vigilância Sanitária vai ao local para testar todos que tiveram contato com o infectado, implementando o protocolo de isolamento. 

O presidente do ICTIM, Celso Pansera, ressalta que esse método ajuda a Secretaria de Saúde de Maricá a elaborar suas estratégias para que a cidade volte a funcionar, tanto no ponto vista econômico, quanto da circulação de pessoas na cidade, até num futuro próximo com o retorno das aulas.

O projeto também é o resultado da união entre a prefeitura do município com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que realiza um estudo sobre o tema. 

Vale lembrar que em Maricá ainda há o Centro de Triagem e Diagnóstico para a Covid-19 da UFRJ, que também realiza o teste de RT-PCR nos pacientes.

Até o momento, foram confirmados 5.251 casos confirmados de pacientes com o coronavírus no município, além de 161 óbitos. O número de casos ativos é de 122 pacientes e o de curados chega a 4968 pessoas, segundo o boletim divulgado pela prefeitura do município na última segunda-feira (14).

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