Jornalista gonçalense Eloisa Leandro morre após cirurgia plástica no Rio
Comunicadora teve uma parada cardíaca na madrugada desta quinta (10)

Morreu na madrugada desta quinta-feira (10) a jornalista Eloisa Leandro, aos 41 anos, em uma clínica estética na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo informações iniciais, ela teve uma parada cardíaca após a realização de uma cirurgia plástica no abdômen.
Eloisa, que já trabalhou no O São Gonçalo e no Jornal a Tribuna, em Niterói, vinha, nos últimos anos, se dedicando ao trabalho em assessoria de imprensa na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), do Consulado da Venezuela e do Consórcio Teroni, do Terminal Rodoviário João Goulart. Ela também atuou como assessora no Comitê Rio 2016.
Amigos e familiares lamentam a morte da jornalista
A jornalista Dayse Alvarenga, 50 anos, foi editora chefe de Eloisa no jornal OSG. Ela relembrou o último contato que teve com a jornalista há dois meses. "Como todos que a conheceram e conviveram com ela, estou muito triste com a sua partida. No entanto, por mais que não saibamos a exata explicação, só consigo pensar que ela foi ao encontro do filho. Há dois meses mais ou menos, do ‘nada’, senti uma vontade imensa de conversar com ela e assim o fiz ao telefone. Ela estava chateada com o adiamento do julgamento do acusado de ter tirado a vida do seu filho. Foi uma longa conversa. Muito generosa, me ligou alguns dias depois para me ajudar a arrumar um trabalho. Admirava a força que ela mantinha para seguir a vida e, nos últimos tempos, a dedicação ao pai com Alzheimer que estava morando com ela. Tenho convicção que ela seguirá em paz e na luz”, lembrou ela.
"Eloisa foi uma profissional impecável e uma pessoa iluminada. Para mim, foi um orgulho tê-la como colega de redação. Fica marcado sua dedicação à profissão e sua luta incansável em colocar os assassinos de seu filho na cadeia", disse o chargista Vinicius, de 46 anos, que também trabalhou com a comunicadora no OSG.
Drama ao ter filho assassinado em julho de 2011
Apesar de excelente jornalista, foi um drama pessoal que fez Eloisa ficar conhecida do grande público. Ela teve seu único filho assassinado após um latrocínio (roubo seguido de morte). A profissional é mãe de Victor Hugo da Silva Braga, morto quando tinha 15 anos, em julho de 2011. O crime ocorreu no bairro Raul Veiga, em São Gonçalo.
De acordo com o relatado na época, o adolescente voltava de uma lanchonete no Bandeirantes, em companhia de um amigo quando foram abordados por dois homens que estavam num Palio prata. Eles e outros rapazes que passavam foram obrigados a sentar na calçada. Um deles, de 18 anos, tentou fugir pulando o muro de uma residência e acabou baleado na boca. Em seguida, Victor Hugo foi baleado na cabeça. O estudante chegou a ser socorrido para o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), mas não resistiu aos ferimentos.
Eloísa lutou incansavelmente para conseguir justiça pela morte prematura de seu filho. O responsável por ter atirado contra o adolescente, Deivid da Silva Oliveira, o Leleco, nunca foi preso.