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Flordelis dizia que Anderson morreria porque atrapalhava obra de Deus, afirmou nora

Afirmação foi feita pela nora da pastora

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 27 de novembro de 2020 - 17:24
Deputada nega todas as acusações
Deputada nega todas as acusações -

Uma das noras da deputada federal Flordelis reafirmou durante audiência que a pastora planejou duas outras vezes o assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, que morreu em 16 de junho do ano passado. No depoimento prestado nesta sexta-feira, 27, Luana Rangel Pimenta, esposa de Misael, um dos filhos da deputada, disse que em uma conversa entre 2017 e 2018, Flordelis dizia que recebia mensagens divinas de que "o pastor ia morrer porque estava atrapalhando a obra de Deus".

A nora da parlamentar reforçou também a versão já dita à Polícia de que Flordelis teria tentado matar o pastor por envenenamento, colocando substâncias em sucos.

"Um dia, eu e uns filhos fomos a um cinema na Barra. O Carlos (um dos filhos) disse: 'não toma nada que a Flor der para o Niel (apelido de Anderson). A Cris (outra filha) tomou um suco de laranja e ficou cinco dias internada'. Vi várias vezes ela colocando pozinho no suco do pastor. No último ano de vida, ele passava muito mal. Fazia reuniões com uma lixeira em cima da mesa para poder vomitar. Ela dizia que era para a ansiedade, fazia isso porque ele não queria tomar", disse Luana.

Enquanto Luana respondia às perguntas feitas, Flordelis permaneceu com a cabeça baixa e fazendo sinais de discordância à versão da nora, assim como Simone, filha da deputada e uma das acusadas. Adriano, filho biológico da pastora e também acusado no crime, manifestava poucos sinais.

A nora da deputada afirmou também que todo o chora dela nos primeiros dias da morte do pastor foi disfarce.

"No hospital, ficamos atordoados. Eu fui dar assistência a Flor e vi que ela não estava chorando de verdade. Eu conheço quando ela está. Ela dizia: 'diz para mim que meu marido está vivo'. Os choros no enterro foram todos de mentira. Se choraram, foi de remorso", afirmou Simone.

Luana também reafirmou a versão já apresentada à Polícia de que Flordelis teria ordenado que o celular do pastor fosse quebrado e lançado ao mar. De acordo com a nora,  em um encontro na casa após o assassinato, a pastora estava desconfiada das escutas colocadas pela investigação na residência, e teria escrito em um papel para os filhos: 'ainda bem que nós quebramos o celular do Niel e jogamos no mar'.

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