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Morre voluntário brasileiro que participava dos testes da vacina de Oxford

Morte aconteceu no dia 19 de outubro

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de outubro de 2020 - 15:42
A vacina de Oxford é a principal aposta do governo federal para uma futura campanha de vacinação
A vacina de Oxford é a principal aposta do governo federal para uma futura campanha de vacinação -

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta quarta-feira (21) que um voluntário brasileiro que participava dos testes da vacina de Oxford morreu. João Pedro Feitosa era ex-aluno da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele tinha 28 anos, morava do Rio de Janeiro e era médico. 


A Anvisa disse que foi notificada da morte do voluntário no dia 19 de outubro, e que foi informada que o comitê independente que acompanha o caso sugeriu o prosseguimento do estudo. A agência, no entanto, não revelou se o voluntário recebeu uma dose da vacina ou um placebo. 


Atualmente, o estudo está fase 3 dos testes, onde a eficácia da vacina na imunização é verificada a partir do monitoramento de milhares de voluntários. A vacina desenvolvida em parceria entre o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford é a primeira opção do governo federal para uma futura campanha de vacinação contra o novo coronavírus. Os testes no Brasil começaram em junho e já contam com 8 mil voluntários espalhados pelo país. 


Antes de iniciarem os testes da fase 3, foi verificada a segurança da vacina em estudos e não foi constatada nenhuma reação grave, apenas reações leves, como dores de cabeça e musculares e leve fadiga. 


A Anvisa divulgou seu posicionamento em uma nota que pode ser lida abaixo, na íntegra:


"Em relação ao falecimento do voluntário dos testes da vacina de Oxford, a Anvisa foi formalmente informada desse fato em 19 de outubro de 2020. Foram compartilhados com a Agência os dados referentes à investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança. É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação.


Portanto, a Anvisa reitera que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes.


A Anvisa está comprometida a cumprir esses regulamentos, de forma a assegurar a privacidade dos voluntários e também a confiabilidade do país para a execução de estudos de tamanha relevância.


A Agência cumpriu, cumpre e cumprirá a sua missão institucional de proteger a saúde da população brasileira."

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