Bolsonaro contraria médicos e diz que vacina contra Covid não será obrigatória
Presidente falou sobre o tema em suas redes sociais
O presidente Jair Bolsonaro disse, na última sexta-feira (16), que a vacina contra o coronavírus não será obrigatória no país. O presidente usou suas redes sociais para transmitir a mensagem, contrariando cientistas, a classe médica e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em um de seus tuítes, Bolsonaro usou a lei 3.979 que cita as condições para que ocorra uma vacinação compulsória. O presidente, no entanto, destacou a palavra "poderão" em sua frase, destacando a não obrigatoriedade da vacina. Ele ainda citou a lei 6.259 que fala sobre o Programa Nacional de Imunizações que disse que o programa é de responsabilidade do Ministério da Saúde, ou seja, só o governo pode tomar essas decisões.
A atitude de Bolsonaro é uma tentativa de polemizar com o governador de São Paulo, João Doria, que já garantiu que a vacinação será obrigatória em todo o estado. São Paulo comprou um grande lote da vacina que está sendo produzida pela China. "A vacinação será obrigatória, exceto se o cidadão tiver uma orientação ou atestado médico de que não possa tomar vacina", disse Doria.
Bolsonaro ainda usou seu post para falar que o governo não acha necessário a obrigatoriedade da vacina e que o Ministério de Saúde informa que "irá oferecer a vacinação, de forma segura, sem açodamento, no momento oportuno, após comprovação científica e validada pela Anvisa, contudo, sem impor ou tornar a vacinação obrigatória".
Para conferir a publicação de Bolsonaro sobre o tema, clique aqui.