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Universitário gonçalense faz vaquinha para continuar estudando em Portugal

Mateus de Freitas Brito foi criado no bairro Boaçu

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 24 de setembro de 2020 - 09:03
O estudante nasceu e cresceu no bairro do Boaçu
O estudante nasceu e cresceu no bairro do Boaçu -

Por Tatiane Gomes*

Enquanto o mundo volta os seus olhos para os problemas econômicos gerados pela pandemia do do novo coronavírus, muitos universitários de baixa renda vem lutando para manter seus estudos a todo custo, já que alguns tiveram seus auxílios cortados por falta de verbas nas universidades.

Este é o caso do universitário de Química Industrial da Universidade Federal Fluminense (UFF), Mateus de Freitas Brito, de 25 anos. Gonçalense e antigo morador bairro Boaçu, em São Gonçalo.  Filho de um eletricista com uma costureira, a educação sempre foi uma prioridade em seu lar. 

"Mesmo que com toda a simplicidade, meus pais nunca abriram mão dos meus estudos. Desde a 5° série estudei em escola pública e durante o ensino médio tive a oportunidade de estudar no Colégio Pedro II, em Niterói", contou o estudante.

Em  2013 o estudante ingressou para a Universidade Federal Fluminense (UFF) no curso de Química Industrial.

"Na época, eu comecei a dar aula particular de Química pra ganhar uma renda extra. Paralelamente, na UFF, entrei para um projeto chamado: 'Padronização na extração de produtos naturais e suas avaliações biológicas', onde desenvolvi e o apresentei em congressos e eventos científicos. Com isso, consegui passar no processo seletivo de mobilidade pra estudar em Portugal durante um semestre", revelou Mateus de Freitas, que atualmente continua seus estudos na Universidade da Beira Interior.

No entanto, como mais um dos desafios de sua trajetória, a pandemia acabou estacionado as aulas das universidades e Mateus não poderia voltar para o Brasil. Em razão disso, com a ajuda de sua coordenadora de curso em Portugal, Mateus renovou sua mobilidade na universidade europeia e agora luta para se manter nos estudos, devido a falta de verbas da UFF para mantê-lo no país.

Trabalhando como entregador de aplicativos de comida e fast foods, o estudante teve a ideia de montar uma vakinha (financiamento coletivo on-line) para ajudá-lo com os custo de se manter no país. Até então, muitos já contribuíram com o sonho do estudante.

"O sentimento é de gratidão! Costumo dizer que não conquistamos nada sozinhos. A todo momento somos ajudados, inclusive, com palavras e pequenos gestos que nos encorajam a prosseguir. E, particularmente, creio que Deus que envia essas pessoas que nos incentivam e nos ajudam a tornar o nosso sonho real", afirmou.

Como posso contribuir?

Para ajudar Mateus a continuar caminhando em direção a sua tão sonhada formação basta clicar aqui e contribuir com o futuro de um jovem do município de São Gonçalo.

*Estagiária sob supervisão de Marcela Freitas 

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