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SG mantém número alto de registro de óbitos quatro meses depois da primeira morte por Covid-19

Cidade já contabilizou 602 vítimas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 06 de agosto de 2020 - 16:13
Cidade afirma que, desde o início, tem combatido o vírus sem ajuda de terceiros, como o governo estadual
Cidade afirma que, desde o início, tem combatido o vírus sem ajuda de terceiros, como o governo estadual -

Por Daniel Magalhães*

Dia 31 de março de 2020. O município de São Gonçalo confirma sua primeira morte pelo novo coronavírus. A vítima: Uma professora, de 58 anos de idade, que dava aulas na Escola Municipal Estephânia de Carvalho, no bairro Laranjal. Hoje, 6 de agosto, 129 dias depois, o município, em meio ao silêncio dos governantes, já conta 602 mortos.

De forma geral, os dados do coronavírus na cidade de São Gonçalo registram atualmente um número considerável de casos positivos e registro de mortes diárias. Apesar de uma pequena queda em comparação aos números iniciais registrados nos meses de abril a junho, a população gonçalense ainda deve ficar em alerta, ainda mais com a flexibilização do comércio e o retorno ao trabalho presencial em muitas empresas de serviço não essencial da cidade. Pouco mais de quatro meses após a doença chegar em SG, o resultado do combate a covid-19 no município são pouco animadores.

Desde o início da pandemia, cidade não conseguiu conter aglomerações
Desde o início da pandemia, cidade não conseguiu conter aglomerações |  Foto: Leonardo Ferraz

Segundo o último boletim atualizado da Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo, a cidade chegou aos 9.931 casos confirmados, sendo 7.889 curados, 48 hospitalizados e 1.392 em quarentena domiciliar. O município chegou a marca de 602 óbitos confirmados, praticamente o dobro da vizinha Niterói, que possui 302 mortes.

Tendo atingido o pico de casos na primeira quinzena de maio, pode-se dizer que o pior já passou, mas, nas últimas semanas, a cidade tem constantemente registrado números significativos de mortes e casos diários. Embora os números possam, para muitos, ser um platô, quando a média de casos e mortes se mantém estável com pouco aumento ou diminuição, a Secretaria alerta que a curva epidemiológica da cidade ainda não chegou a estabilidade e que a curva apenas registra algumas oscilações entre aumento e diminuição, mas nada que possa ser considerado estável.

A cidade também conta com bairros que registram altos números de contaminação por coronavírus, como o Jardim Catarina, que ultrapassou a marca de mil casos confirmados, seguido pelo Colubandê e Trindade.

Para dar fim ao silêncio dos responsáveis pelo combate à doença e para informar aos moradores a situação da cidade, o São Gonçalo tentou uma entrevista com o Secretário de Saúde do município, mas conseguiu apenas respostas enviadas através de assessoria de imprensa.

Sobre o alto números de infectados relatados acima em determinados bairros, a Secretaria de Saúde informou que "a Vigilância Ambiental juntamente com a Motogog tem realizado a sanitização em toda a cidade, priorizando os bairros com os maiores números de casos".

Desde o início da pandemia, cidade não conseguiu conter aglomerações
Desde o início da pandemia, cidade não conseguiu conter aglomerações |  Foto: Leonardo Ferraz

Todos os dias, seja na região central da cidade ou em Alcântara, coração comercial do município, é comum ver aglomerações em bares, lojas e centros comerciais que vêm promovendo eventos e até apresentações em meio à pandemia, fazendo com que a população questione a eficáci da fiscalização. Sobre o tema, a prefeitura afirmou que "São Gonçalo é um município enorme. Temos nossas equipes de fiscalização que atuam de segunda a segunda, mas é necessário que a população e comerciantes tenham consciência do que pode e não pode ser feito. Se a população não pensar no coletivo, estarão prejudicando eles mesmos. Não é uma questão de apenas órgãos públicos fazerem sua parte e sim toda população".

Ainda na nota, a prefeitura afirmou que mesmo com o iminente fechamento do hospital de campanha do estado, os gonçalenses não ficarão sem leitos para tratamento da Covid-19. "Desde o início da pandemia, atuamos sem contar com a ajuda de terceiros. Montamos dois hospitais completos com atendimento referenciado apenas para casos de coronavírus, com todo aparato médico, bem como respiradores", disse a Prefeitura, que completou confirmando que há 100 leitos exclusivos para o tratamento da doença no Hospital Luiz Palmier e seis no Hospital Franciscano.

Quando o assunto é vacina, a prefeitura informou que isso é tratado pelo governo federal. Contudo, admitiu que se existir possibilidade e recursos, pode tentar comprar unidades do medicamento com verba própria.

"Quando as vacinas estiverem disponíveis, serão provavelmente disponibilizadas pelo governo federal, como todas as outras. Mas essa é uma questão para se pensar lá na frente. Obviamente que iremos nos mobilizar para atender todos os moradores de nossa cidade", completou.

*Estagiário sob supervisão de Thiago Soares

Desde o início da pandemia, cidade não conseguiu conter aglomerações
Desde o início da pandemia, cidade não conseguiu conter aglomerações |  Foto: Leonardo Ferraz

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